Em comunicado enviado hoje à agência Lusa, o líder do Movimento Amor a Vila Verde diz que foi eleito vereador na autarquia em 2021, quando "já estava em rota de colisão com os dirigentes do Chega", devido ao facto de ter integrado na sua comissão de honra o ex-presidente António Cerqueira, que governou o município entre 1976 e 1997, eleito pelo CDS.
"Tudo o que passou já faz parte do passado, mas acabei por me iludir com o projeto do partido de André Ventura, dado que tudo quanto defendem não condiz com o que depois fazem na prática, conforme, de resto, se pode constatar pelas últimas notícias vindas a público e que põem em causa a honorabilidade de muitos dos membros desse partido", refere Fernando Feitor.
O autarca assume que, enquanto candidato independente, "reúne todas as condições para melhorar o resultado" de 2021, pois andou "no terreno durante quatro anos a palmilhar cada pedaço de terra e sempre em contacto com as populações, ficando com uma ideia clara de todas as suas necessidades".
"O meu objetivo claro é ser presidente desta autarquia para poder pôr em prática todos os projetos que tenho em mente para Vila Verde. São muito mais do que promessas, e considero também muito importante o apoio do CDS, um partido que tem a mesma idade da Democracia em Portugal e que me dá toda a liberdade de atuação sem impor quaisquer restrições porque confiam no meu trabalho", explica o vereador sem pelouro no atual executivo.
No programa eleitoral que "oportunamente será dado a conhecer", Fernando Feitor destaca, nomeadamente, a importância de mais e melhores vias de comunicação, de políticas efetivas de transportes que promovam a fluidez e a mobilidade, a expansão do saneamento e da rede de água pública a todas as freguesias e a criação de um polo universitário do ensino superior público.
Além disso, o candidato defende "o fomento do empreendedorismo e do investimento, a requalificação de espaços educativos e a refundação da estratégia para a Cultura, transformando Vila Verde numa referência nacional aos níveis artístico e cultural".
"Vila Verde não se pode cingir a eventos efémeros e a participações em programas de televisão sem conteúdo. Somos um concelho com tradições culturais riquíssimas, algumas delas a necessitarem de serem repescadas e valorizadas", salienta.
Ao nível económico, Fernando Feitor pretende atrair mais investimentos de longa duração para Vila Verde que possam gerar riqueza e empregos, assim como dinamizar o turismo "promovendo canais de comunicação e investimentos na área que permitam atrair turistas a um concelho de "grande riqueza paisagística, cultural, histórica e gastronómica".
A sessão de apresentação do Movimento Independente Amor a Vila Verde, liderado por Fernando Feitor, está prevista acontecer até março, na presença do presidente do CDS-PP, Nuno Melo, e do presidente da Distrital de Braga do partido, Ricardo Mendes.
O atual executivo camarário de Vila Verde é composto por cinco vereadores eleitos pelo PSD, um pelo PS e um vereador independente.
As eleições autárquicas deverão decorrer entre setembro e outubro deste ano.
Leia Também: PSD nacional aprova candidatura de José Bizarro à Câmara de Mafra
