O eurodeputado do Partido Socialista (PS) Bruno Gonçalves relembrou a ida ao parlamento europeu "da responsável que o Tik Tok" que se "recusou a dizer que o TikTok poderia ter favorecido uma candidatura".
"Dois dias antes das eleições foram lançados três mil anúncios de pouco mais de uma dezena de contas", disse o eurodeputado socialista.
O eurodeputado da Aliança Democrática (PSD/CDS-PP) Sebastião Bugalho usou o exemplo da Roménia para dizer que "o potencial danoso de interferência digital nas democracias europeias é real e está aí".
O eurodeputado, António Tânger Corrêa disse que "apenas uma pequena parte dos eleitores é que teria tido influência pequena", e aguarda para saber o desfecho do próximo ato eleitoral.
Ana Vasconcelos Martins, eurodeputada da Iniciativa Liberal (IL), fala numa "ameaça real que deve ser levada a sério e bem estudada", mas não pode servir de pretexto para anular a liberdade de expressão.
Catarina Martins, do Bloco de Esquerda (BE), disse "ter alguma dificuldade em perceber o impacto disso noutros países", salientando o excesso de participação nas redes sociais, sobretudo nas gerações mais jovens.
O eurodeputado do PCP, João Oliveira, revelou estupefação e apreensão, dizendo ser "estranho que haja circunstâncias em que se possa dizer quando a interferência é nossa (UE), não há problema, quando a interferência é de outra natureza, já há problema", referiu.
As declarações dos eurodeputados portugueses aconteceram à margem do debate sobre a "Defesa da Integridade Digital da Europa: enfrentar os desafios das redes sociais e a interferência estrangeira", que decorreu na cidade francesa de Estrasburgo.
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