O secretário-geral do PSD, Hugo Soares, garantiu, este sábado, que a "família" de Luís Montenegro "não tem nenhuma imobiliária", acrescentado que a "notícia é falsa". Recorde-se que, segundo avançou este sábado o Correio da Manhã, a mulher e os dois filhos do primeiro-ministro têm uma empresa de compra e venda de imóveis, indicando que os três são sócios na Spinumviva, de que Montenegro foi fundador e gerente.
Em declarações aos jornalistas, em Mafra, Hugo Soares explicou que "essa empresa que é detida pela família pelo Dr. Luís Montenegro nunca fez nenhuma transação de nenhuma propriedade, não tem nenhuma propriedade e é, efetivamente, uma empresa de consultoria".
"Isto é efetivamente um não-assunto, mas eu vou comentar o não-assunto porque já percebi que os senhores jornalistas estão muito interessados que se comente um não-assunto", atirou Hugo Soares.
O líder parlamentar do PSD frisou ter "a certeza absoluta que os portugueses" o acompanham "na ideia que, pelos vistos, alguns jornalistas não querem acompanhar [...] de que os portugueses sabem que querem na política pessoas que trabalharam, que pagaram salários, que têm carreiras, que têm profissões, que têm família".
Acrescentou que "está certo de que os portugueses não querem, na política, políticos meramente de carreira que nunca trabalharam, que nunca fizeram nada antes de estar no exercício de funções públicas".
Não tem nenhuma imobiliária que tenha feito nenhum negócio na área do imobiliário, não tem nenhuma propriedade naquela empresa, nem tenciona fazer nenhum negócio em sede de negócios imobiliários
"Aquilo que tenho a dizer sobre este tema é que é efetivamente um não-assunto. Dois pontos muito claros: em primeiro lugar, a família de Luís Montenegro, não tem nenhuma imobiliária", apontou Hugo Soares, dizendo que Montenegro "já o esclareceu".
Hugo Soares continua: "Vamos esclarecer de uma vez por todas. Não tem nenhuma imobiliária que tenha feito nenhum negócio na área do imobiliário, não tem nenhuma propriedade naquela empresa, nem tenciona fazer nenhum negócio em sede de negócios imobiliários. De resto, é um não-assunto".
O secretário-geral do partido rematou dizendo que "qualquer pessoa que se preze, que se dedica à causa pública teve uma vida antes e há de ter uma vida depois", notando que "as pessoas têm o direito a trabalhar, a exercer funções, a contribuir, também, no exercício da sua profissão e do âmbito da sua vida familiar para aquilo que é a vida em comunidade".
"Faz-se isso na política e na vida fora da política", disse Hugo Soares.
O social-democrata afirmou ainda que "estas explicações" foram as que "o senhor primeiro-ministro deu", dizendo que o leu nas páginas dos jornais.
"Não estão na capa. Na capa, efetivamente, não estão, mas estão lá dentro. Os senhores [jornalistas] certamente que leram [...] mas, ainda assim, acham que é um tema de relevância política nacional", criticou.
Hugo Soares voltou a frisar que está "absolutamente certo" de que os portugueses o acompanham em "duas ideias fundamentais", vincando, novamente, que é "efetivamente, um não-assunto" e "que os portugueses percebem que há políticos, felizmente, não fizeram política a vida toda, que trabalharam e que esperam trabalhar no final do exercício das funções".
[Notícia atualizada às 19h12]
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