Livre defende que Montenegro deve ponderar venda da empresa

O porta-voz do Livre defendeu hoje que o primeiro-ministro deve divulgar em breve ao país quais são os clientes da sua empresa familiar e ponderar vender a Spinumviva ou entregá-la a uma gestão privada.

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© Reinaldo Rodrigues

Lusa
28/02/2025 11:58 ‧ há 4 horas por Lusa

Política

Solverde

No parlamento, Rui Tavares reagia à notícia, hoje divulgada pelo Expresso, de que o grupo de casinos e hotéis Solverde, sediado em Espinho, paga à empresa detida pela mulher e os filhos do primeiro-ministro, Spinumviva, uma avença mensal de 4.500 euros desde julho de 2021, por "serviços especializados de 'compliance' e definição de procedimentos no domínio da proteção de dados pessoais".

 

Na ótica do deputado do Livre, o primeiro-ministro deve convocar uma conferência de imprensa ou fazer uma comunicação ao país o mais breve possível para esclarecer o tema e divulgar quais são os clientes desta empresa.

"Não deve fazer, como fez aqui na moção de censura, que é dizer «os clientes que o digam». (...) Os clientes que foram clientes da empresa de Luís Montenegro tiveram uma relação económica com ele, mas ele agora tem uma relação de lealdade para com os portugueses e essa relação é mais importante do que tudo", argumentou o parlamentar.

Para o Livre, a resolução para esta situação passa por ou vender a empresa ou entregá-la a uma "gestão completamente profissional com a qual não tem nenhum contacto", e só saber se lucro ou prejuízo "quando deixar de ser primeiro-ministro".

Rui Tavares afirmou não ter "confiança institucional" em Luís Montenegro para que seja o próprio a "determinar quando é que deve ou não pedir escusa" de determinados assuntos tratados pelo Conselho de Ministros, considerando que o líder do executivo não foi transparente quando perguntado sobre quais eram os seus clientes.

"Não se pode preservar confidencialidade com os antigos clientes, ao mesmo tempo dizendo que se foi transparente com os portugueses, porque aquilo que o senhor primeiro-ministro fez foi um exercício de ofuscação aqui no debate da moção de censura", acusou.

Para o porta-voz do Livre, Luís Montenegro atirou aos deputados "uma montanha de informação para os olhos, acabando por esconder aquilo que era mais importante", ou seja, eventuais conflitos de interesses.

"E não sabemos se ele já pediu escusa alguma vez, quando é que pedirá ou com que critério", salientou o deputado.

Tavares realçou ainda que, o grupo de casinos e hotéis Solverde, cliente da empresa familiar de Luís Montenegro é especializado numa "área específica que tem um impacto social muito grave", alertando para o vício dos jogos 'online'.

O deputado anunciou que o seu partido vai antecipar a apresentação de iniciativas para regular e reduzir a publicidade neste tipo de jogos, e quer ver como é que os partidos que suportam o Governo, PSD e CDS-PP, bem como o próprio executivo, se posicionam na matéria.

[Notícia atualizada às 12h07]

Leia Também: Montenegro e a avença mensal da Solverde: Políticos querem "explicações"

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