A líder parlamentar comunista defendeu, na manhã desta terça-feira, 4 de março, que "quem não acompanhar o PCP [na moção de censura] está a dar a mão não só ao Governo para continuar, continuar sabendo que não tem condições, para continuar com as suas políticas que têm levado a esta degradação da situação social".
As declarações de Paula Santos foram feitas, a partir da Assembleia da República, depois de se saber que o debate da moção de censura ao Executivo de Luís Montenegro foi antecipado para quarta-feira, 5 de março.
"A situação a que o país chegou é indesejável, tanto a nível nacional, política, económica e social. Efetivamente, não há condições para continuar este Governo e a sua política. Portanto, amanhã, no debate da moção de censura estes elementos estarão presentes na nossa intervenção", atirou.
Para a deputada do PCP "o sentimento generalizado do país, dos trabalhadores, das pessoas é que a situação se degradou de tal forma que não podemos permitir que se degrade mais. Amanhã há a possibilidade de se travar esta situação. A questão que se coloca é se os partidos querem continuar com esta situação" ou acabar com ela.
Recorde-se que o PCP decidiu avançar com uma moção de censura depois de, no sábado à noite, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, ter feito uma declaração ao país na qual admitiu avançar com uma moção de confiança ao Governo se os partidos da oposição não esclarecessem se consideram que o executivo "dispõe de condições para continuar a executar" o seu programa.
Montenegro fez esta declaração após ter sido noticiado que a Spinumviva - até sábado detida pela sua mulher, com quem é casado em comunhão de adquiridos, e filhos -, recebe uma avença mensal de 4.500 euros do grupo Solverde.
Leia Também: Moção de censura ao Governo debatida e votada amanhã