Empresa familiar? Luís Montenegro "permitiu o alastrar da situação"

Esta manhã, a conferência de os líderes parlamentares estive reunida e decidiu que a moção de censura, entregue pelo PCP no domingo, vai ser debatida e votada amanhã, quarta-feira, às 15 horas, no Parlamento.

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© Facebook/ Mariana Leitão

Notícias ao Minuto
04/03/2025 12:54 ‧ há 3 horas por Notícias ao Minuto

Política

Iniciativa Liberal

A líder parlamentar da Iniciativa Liberal (IL) Mariana Leitão considerou "lamentável" que o primeiro-ministro, Luís Montenegro, "tenha deixado chegar" o caso da empresa familiar a "esta situação" e que se constituída uma comissão parlamentar de inquérito, o seu partido "contribuirá para apurar a verdade".

 

"O que é lamentável é que o país tem problemas, o mundo está a mudar e nós continuamos enredados nesta história que o senhor primeiro-ministro poderia já perfeitamente ter resolvido. Optou por não o fazer, nomeadamente, no sábado, quando decidiu que iria passar a quota da sociedade os filhos", referiu Mariana Leitão, em declarações aos jornalistas, na Assembleia da República. 

Para a líder parlamentar da IL "é insuficiente", dizendo ainda que "era algo que poderia ter sido feito antes de se tornar primeiro-ministro" e que "agora vem tarde".

"Aquilo que Luís Montenegro devia ter feito era ter acabado por completo com a parte da consultoria dessa empresa", destacou, acrescentando que "os portugueses precisam de um governo a funcionar", "precisam das instituições a funcionar" e "nada neste episódio está a contribuir para a resolução dos problemas do país".

"Neste momento, o importante era, efetivamente, que Luís Montenegro tivesse resolvido a situação, coisa que não fez, permitindo o alastrar desta situação que agora vem com mais uma moção de censura que, à partida, será chumbada, à qual se seguirá uma comissão parlamentar de inquérito", frisou. 

Para Mariana Leitão, "a verdade é que o assunto não encerra" e que o "Governo está a passar uma imagem de fragilidade" e que o primeiro--ministro também está "a passar uma imagem de fragilidade ao país" que "neste momento" era "completamente dispensável". 

Questionada sobre a comissão parlamentar de inquérito avançado pelo Partido Socialista (PS) para investigar a empresa familiar do primeiro-ministro, Mariana Leitão afirmou que "é uma ferramenta parlamentar à disposição do PS" e que "é potestativa", uma vez que não está sujeita a votação.

Disse ainda que "a ser constituída", a Iniciativa Liberal contribuirá, obviamente, para apurar toda a verdade nesta situação".

"O que é lamentável é que o senhor primeiro-ministro tenha deixado chegar a esta situação, quando teve várias oportunidades e nós, inclusivamente, instamos o senhor primeiro-ministro para que resolvesse a situação rapidamente. Quer por teimosia, quer por arrogância, Luís Montenegro acabou por não o fazer e aquela declaração de sábado foi exatamente o assumir que não iria resolver a situação por completo", atirou Mariana Leitão.

E acrescentou: "Não sabemos o que é que entretanto ainda vai surgir mais porque, todos os dias, estão a haver desenvolvimentos nas notícias. E, portanto, neste momento, não sabemos o que mais irá acontecer". 

A líder parlamentar da IL apontou ainda que "era importante" que Luís Montenegro "não tivesse deixado chegar a estar situação", salientando que o primeiro-ministro "não deveria ter posto o ónus nos partidos da oposição". 

"Ele próprio deveria ter tomado as devidas diligências, quer acabando com a empresa que criou toda esta situação, nomeadamente, a parte da consultoria que cria potenciais conflitos de interesse", afirmou Mariana Leitão. 

A deputada da IL adiantou ainda que, "em alternativa, se Luís Montenegro "decidiu não o fazer", deveria "apresentar uma moção de confiança". 

Note-se que, esta manhã, os líderes parlamentares estiveram reunidos e decidiu que a moção de censura, entregue pelo PCP no domingo, vai ser debatida e votada amanhã, quarta-feira, às 15 horas, no Parlamento.

Leia Também: Moção de censura ao Governo debatida e votada amanhã

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