Ventura acusa Montenegro e diz que jamais dará voto de confiança

O presidente do Chega, André Ventura, acusou hoje o primeiro-ministro de ter anunciado uma moção de confiança ao Governo por "medo do escrutínio" e disse que o partido jamais lhe "dará qualquer voto de confiança".

Notícia

© Lusa

Lusa
05/03/2025 16:11 ‧ há 11 horas por Lusa

Política

AR/Censura

"Revela uma coisa, que o primeiro-ministro de Portugal, com medo do escrutínio e da avaliação parlamentar, escolheu uma fuga para a frente com medo de ser escrutinado pelo parlamento", acusou o líder do Chega, num pedido de esclarecimento durante o debate da moção de censura apresentada pelo PCP.

 

André Ventura aproveitou um pedido de esclarecimento ao PCP para se dirigir em primeiro lugar ao líder do executivo e acusou Luís Montenegro de se ter "escondido" na residência oficial e de não aplicar a si mesmo o escrutínio que queria para a oposição.

"Senhor primeiro-ministro, em que circunstância for, cite Sá Carneiro ou não, quero dizer-lhe olhos nos olhos que esta abancada, nestas circunstâncias, jamais de lhe dará qualquer voto de confiança para ser primeiro-ministro de Portugal", afirmou, confirmando o que tem dito nos últimos dias, que o Chega votaria contra uma moção de confiança apresentada pelo Governo.

Minutos antes, na abertura do debate na Assembleia da República, o primeiro-ministro anunciou que o Governo avançará com a proposta de uma moção de confiança ao executivo pelo parlamento, "não tendo ficado claro" que os partidos dão ao executivo condições para continuar.

No pedido de esclarecimento, o presidente do Chega dirigiu-se depois ao secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, dizendo que os comunistas não apresentou "nenhuma moção de censura ao Governo de António Costa", mesmo "após toda a degradação de serviços públicos e suspeitas graves sobre os membros" dos últimos executivos.

"O PCP não quer censurar Governo nenhum por falta de integridade nenhuma, o PCP quer fazer a mesma muleta ideológica ao PS que tem feito nos últimos anos", acusou, argumentando que os comunistas têm receio de perder deputados numas próximas eleições legislativas.

André Ventura considerou que o PCP "não quer censurar o Governo", mas sim "evitar eleições para evitar que a esquerda fique ainda mais pequena do que aquilo que está" e afirmou que os comunistas "só merecem uma coisa, desaparecer para sempre deste parlamento".

Na resposta, o secretário-geral do PCP pediu a André Ventura que "não descarregue" nos comunistas "a ira da confusão que a intervenção do primeiro-ministro lhe deu".

Paulo Raimundo assinalou que o vice-presidente do Chega Pedro Frazão disse no sábado à noite que o Chega votaria a favor da moção de censura do PCP, e depois o líder do partido contrariou e disse que a bancada iria abster-se.

O líder comunista lamentou também que o Chega tenha estado "ao lado" dos partidos que sustentam o Governo "a aprovar a redução do IRC para os grupos económicos".

Leia Também: Ventura desafia Montenegro a demitir-se ou apresentar moção de confiança

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas