Madeira. Chega quer "devolver dignidade" à classe política

O cabeça de lista do Chega às eleições Regionais da Madeira, Miguel Castro, afirmou hoje, no arranque da campanha, o empenho em "devolver a dignidade" à classe política e garantir melhor qualidade de vida à população madeirense.

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© Helder Santos/ASpress via Global Imagens

Lusa
09/03/2025 16:10 ‧ há 7 horas por Lusa

Política

Miguel Castro

"Podem contar connosco, que estamos empenhados numa transformação e na reforma do executivo e da política na região", disse Miguel Castro, também líder regional do partido, apostando "numa mensagem de proximidade" para marcar o primeiro dia de campanha.

 

Numa ação de rua que passou pelo Estreito de Câmara de Lobos e pela Feira do Santo da Serra, em Santa Cruz, o candidato partilhou com a população algumas medidas estratégicas que o partido propõe para a Madeira.

"Estamos numa fase, quer a nível regional, quer a nível nacional, quer a nível mundial até, em que se exigem e estão a acontecer transformações políticas em todos estes panoramas, e a Madeira não é diferente", disse, apostado em "devolver à classe política a dignidade que os políticos tiveram outrora".

Além da pretensão de que os políticos "voltem a ser pessoas credíveis para a população", a candidatura pretende que "as pessoas tenham melhor qualidade de vida, tenham os seus direitos como cidadãos salvaguardados e que, efetivamente, se sintam protegidos por quem os governa".

A par da "continuação desta luta pela transparência no exercício do poder político", o cabeça de lista apontou como prioridades no arquipélago "reformar o sistema de habitação pública" e o "um empenho dos governos para reduzirem a carga fiscal sobre os salários e sobre os impostos diretos e indiretos, para que os madeirenses tenham mais poder de compra, tenham maior capacidade de adquirir habitação a preço justo, sem estarem completamente dependentes da subsidiodependência com que o Estado hoje, de alguma forma, aprisiona os cidadãos".

Questionado pela Lusa sobre a aprovação em Conselho de Ministros do novo modelo para atribuição do Subsídio Social de Mobilidade para as viagens regulares entre o continente e as ilhas (concretizada na sexta-feira e hoje anunciada pelo Ministério das Infraestruturas), Miguel Castro considerou ser "uma medida que, se se efetivasse na prática, defendia e protegia os direitos da ultraperiferia dos cidadãos madeirenses".

Contudo, acrescentou, "depois na prática não será assim".

Para o candidato "o que o Governo vai anunciar, mais uma vez, através da Lei da Mobilidade, é que vai implementar uma plataforma 'online' onde os cidadãos vão poder registar as suas viagens para depois receber o reembolso, mas a verdade é que vão ter que pagar o preço dos bilhetes na mesma e vão ficar sempre à espera de um reembolso".

Para o Chega, importa exigir "ao Governo da República, através da Lei da Mobilidade e da Coesão Territorial, que os cidadãos madeirenses e açorianos, ao abrigo desta lei, paguem efetivamente o justo valor que está estipulado e não o valor que as companhias cobram depois ao Governo da República", disse.

A campanha do Chega prossegue durante a tarde no Caniçal.

As legislativas da Madeira, as terceiras em cerca de um ano e meio, decorrem em 23 de março com 14 candidaturas a disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo único: CDU (PCP/PEV), PSD, Livre, JPP, Nova Direita, PAN, Força Madeira (PTP/MPT/RIR), PS, IL, PPM, BE, Chega, ADN e CDS.

As eleições antecipadas ocorrem 10 meses após as anteriores, na sequência da aprovação de uma moção de censura apresentada pelo Chega - que a justificou com as investigações judiciais envolvendo membros do Governo Regional, inclusive Albuquerque - e da dissolução da Assembleia Legislativa pelo Presidente da República.

O PSD tem 19 eleitos regionais, o PS 11, o JPP nove, o Chega três e o CDS dois. PAN e IL têm um assento e há ainda uma deputada independente (ex-Chega).

Leia Também: Deputada Magna Costa sai do grupo parlamentar do Chega/Madeira

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