BE critica "desinvestimento" na saúde mental e defende mudança na Madeira

A candidatura do Bloco de Esquerda às regionais de domingo na Madeira criticou esta terça-feira o "desinvestimento" do Governo Regional (PSD) na saúde mental, defendendo a necessidade de contratação de mais psicólogos e uma mudança na região.

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© Reprodução Instagram/Diogo Teixeira

Lusa
18/03/2025 14:41 ‧ ontem por Lusa

Política

Eleições na Madeira

"Estamos aqui para falar sobre saúde mental, é um facto que há um desinvestimento na saúde mental por parte do Governo Regional do PSD", disse Diogo Teixeira, candidato que surge em terceiro lugar na lista do BE às eleições regionais na Madeira que se realizam no próximo domingo, numa ação de campanha, no Funchal.

 

Segundo o jovem candidato, "há cada vez mais listas de espera para [consultas de] psicólogos e psiquiatras", considerando ser "ridículo como um governo [da Madeira] trata não só os seus jovens, como também os mais velhos", nesta matéria.

"Um governo que não quer saber das suas gentes não é um bom governo", defendeu o candidato, salientando que "os números indicam que estão a aumentar os casos de depressão, também de 'burnout' (exaustão), de ansiedade e pânico".

Invocando o seu caso pessoal, numa altura em que precisou de recorrer a estes serviços, numa situação de emergência, e se deslocou ao centro de saúde da sua área, disse que preencheu um papel e só veio a "receber resposta ao fim de cinco meses", e sublinhou ser "claro de perceber que uma pessoa com necessidades de saúde mental precisa de uma resposta imediata".

"O BE defende a contratação de mais psicólogos, porque sem psicólogos não conseguimos fazer face a este problema. Precisamos de psicólogos nas universidades, de mais psicólogos nas escolas", afirmou.

Diogo Teixeira vincou que "o problema não é não existirem psicólogos, porque existem, mas são muito poucos para as necessidades dos madeirenses", o que representa "uma falta de investimento do PSD, que é cíclica".

"Sabemos que há necessidade de haver mudança na Madeira e essa mudança significa também uma aposta nos jovens e na saúde mental" e não só ao nível da habitação e trabalho, afirmou.

Segundo este candidato, também "é preciso prevenir estes fatores que acabam por influenciar as necessidades de psicólogos", assegurando que o BE tem propostas para ajudar as pessoas que vão necessitar deste tipo de ajuda.

As legislativas da Madeira, as terceiras em cerca de um ano e meio, decorrem no dia 23, com 14 candidaturas a disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo único: CDU (PCP/PEV), PSD, Livre, JPP, Nova Direita, PAN, Força Madeira (PTP/MPT/RIR), PS, IL, PPM, BE, Chega, ADN e CDS-PP.

As eleições antecipadas ocorrem 10 meses após as anteriores, na sequência da aprovação de uma moção de censura apresentada pelo Chega - que a justificou com as investigações judiciais envolvendo membros do Governo Regional, inclusive o presidente, Miguel Albuquerque (PSD) -- e da dissolução da Assembleia Legislativa pelo Presidente da República.

O PSD tem 19 eleitos regionais, o PS 11, o JPP nove, o Chega três e o CDS-PP dois. PAN e IL têm um assento cada e há ainda uma deputada independente (ex-Chega).

Leia Também: PS Madeira apela ao voto dos "indecisos" que podem decidir resultado

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