Madeira. Livre lamenta que eleitores tenham dado vitória a "um arguido"

A cabeça de lista do Livre às eleições regionais da Madeira, Marta Sofia Silva, lamentou hoje que os madeirenses tenham escolhido um Governo liderado por "um arguido", considerando que a vitória do PSD vai "agravar os problemas estruturais".

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Lusa
24/03/2025 06:37 ‧ há 2 dias por Lusa

Política

Eleições na Madeira

"Escolheram um Governo PSD liderado por um arguido. A eleição do PSD não vai melhorar a vida dos madeirenses e porto-santenses, muito pelo contrário, vai agravar os problemas estruturais que existem, quer a nível da habitação, saúde e justiça social", referiu a candidata do Livre, em declarações à agência Lusa.

 

O líder do PSD/Madeira e presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, foi constituído arguido no início de 2024, num processo que investiga suspeitas de corrupção no arquipélago.

A cabeça de lista do Livre reagia desta forma ao resultado das eleições legislativas regionais antecipadas da Madeira de domingo, nas quais o partido obteve 0,67 % dos votos (959).

Assumindo que Miguel Albuquerque, que venceu este domingo as eleições regionais na Madeira com 43,43% dos votos e 23 mandatos, irá conseguir formar Governo, Marta Sofia Silva assegurou que o Livre "vai continuar o seu caminho de oposição".

"Nós vamos continuar de cabeça erguida, porque a coragem não se deixa abalar assim. O Livre vai continuar a lutar todos os dias por uma Madeira livre", sublinhou.

O PSD venceu no domingo as eleições legislativas regionais antecipadas da Madeira, falhando por um deputado a maioria absoluta, de acordo com os dados oficiais provisórios, que indicam que o JPP se tornou o principal partido da oposição, deixando para trás o PS.

Segundo informação disponibilizada pela Secretaria-Geral do MAI, os sociais-democratas obtiveram 43,43% dos votos (62.085 votos) e 23 lugares na Assembleia Legislativa Regional, constituída por um total de 47 deputados.

O JPP alcançou 21,05% dos votos (30.094 votos) e 11 mandatos no parlamento regional, enquanto o PS teve 15,64% (22.355) e assegurou oito lugares na Assembleia Legislativa Regional, seguindo-se o Chega, que elegeu três deputados, a IL e o CDS-PP, que garantiram um parlamentar cada.

A maioria absoluta requer 24 assentos.

Em 2019 e 2023 os sociais-democratas precisaram fazer acordos parlamentares (primeiro com o CDS-PP e depois com o PAN) para atingir este número.

Nesta legislatura, o CDS-PP tinha também um acordo de incidência parlamentar com os sociais-democratas.

Após as eleições de 2024, também antecipadas, o PSD (19 deputados) formou um executivo minoritário, já que o acordo firmado com o CDS (dois eleitos) foi insuficiente para a maioria absoluta. O PS e o JPP, que totalizaram 20 deputados, chegaram então a propor uma solução de governo.

Estas eleições antecipadas da Madeira, as terceiras em cerca de um ano e meio, decorreram com 14 candidaturas a disputar os 47 lugares no parlamento regional num círculo único: CDU (PCP/PEV), PSD, Livre, JPP, Nova Direita, PAN, Força Madeira (PTP/MPT/RIR), PS, IL, PPM, BE, Chega, ADN e CDS.

No sufrágio anterior, em maio de 2024, o PSD conseguiu eleger 19 deputados, o PS 11, o JPP nove, o Chega quatro (mas, uma deputada tornou-se, entretanto, independente) e o CDS-PP dois. PAN e IL garantiram um assento cada.

Leia Também: Madeira. PSD e JPP celebram resultados, com PS e Chega derrotados

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