BE reconhece resultado "aquém das expectativas" na Madeira

O candidato do BE às eleições legislativas regionais antecipadas na Madeira reconheceu que o resultado ficou "aquém das expectativas" e manifestou "alguma preocupação" por aquilo que considera ser um próximo parlamento "sem esquerda".

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© Global Imagens/Helder Santos

Lusa
24/03/2025 15:16 ‧ há 6 dias por Lusa

Política

Eleições/Madeira

Nas eleições de domingo, o BE obteve 1,11 % (1.586 votos), voltando a ficar fora da Assembleia Legislativa da Madeira.

 

"Este é um resultado que fica muito aquém das nossas expectativas (...), não vale a pena dourar a pílula e assumimo-lo como uma derrota", lamentou Roberto Almada, em declarações telefónicas à Lusa.

Porém, disse que não é "de baixar os braços" e, mesmo fora do parlamento, promete "fazer a oposição (...) possível" e continuar "a sua luta por uma Madeira melhor".

Antigo coordenador do BE na Madeira, Roberto Almada foi eleito deputado em 2023, marcando o regresso dos bloquistas ao parlamento madeirense.

Nas eleições de domingo, voltou a encabeçar a lista do partido depois de ter falhado a reeleição nas antecipadas de maio do ano passado (ainda que com um resultado ligeiramente superior, de 1,44%).

Relativamente à situação política na região autónoma, onde o PSD venceu as eleições de domingo, ficando a um deputado da maioria absoluta, Roberto Almada assumiu "alguma preocupação", porque "o parlamento fica uma vez mais sem esquerda".

O PSD venceu as eleições na Madeira, com 43,43% do total dos votos (23 mandatos), segundo os dados disponibilizados pela Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna.

O JPP - Juntos Pelo Povo obteve 21,05% (11 deputados) e o PS ficou pelos 15,64% (oito mandatos), seguindo-se o Chega (5,47% e três lugares), o CDS-PP (3% e um deputado) e a IL (2,17% e um deputado).

Para Roberto Almada, é importante destacar que "o partido que mais cresceu na oposição não é de esquerda nem é de direita, como eles próprios gostam de se afirmar", referindo-se ao JPP, a segunda força política mais votada, ultrapassando o PS, "um partido de centro".

Perante estes resultados, o candidato bloquista antecipou "mais um governo de coligação entre o PSD e o CDS, que, infelizmente, não tem resolvido o problema das populações no que diz respeito à habitação, à saúde, à valorização do trabalho e dos direitos dos trabalhadores, à valorização dos salários".

Simultaneamente, Roberto Almada reconheceu que lhe custa perceber como é que o presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, e o PSD-Madeira tenham reforçado o resultado eleitoral.

"Essa é uma situação que nos preocupa enquanto madeirenses, enquanto pessoas que lutam por mais transparência e contra a corrupção", disse, referindo-se ao facto de Miguel Albuquerque ter sido constituído arguido.

A estreia do BE na Assembleia Legislativa da Madeira aconteceu nas eleições de 2004 e em 2015 o partido conseguiu eleger dois deputados.

Leia Também: BE diz que "está à beira" de regressar ao parlamento na Madeira

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