O porta-voz da candidatura do Partido Socialista (PS), Marcos Perestrello, falou, esta sexta-feira, acerca do caso que envolve a Spinumviva, a empresa familiar que está - agora - nas mãos dos filhos do chefe de Governo, Luís Montenegro.
"Não acreditamos que, até às eleições, a Procuradoria-Geral da República (PGR) venha a dar qualquer passo nestes processos que possa ser entendido como uma interferência na campanha eleitoral. É por isso que apelamos ao primeiro-ministro que pare de fazer orelhas moucas e torne pública a documentação relativa às suas atividades profissionais e empresariais - e, já agora, torne também públicas as instruções aprovados pelo Governo aos seus membros para as atividades públicas dos membros do Governo neste período de gestão", referiu, em declarações aos jornalistas na sede do PS.
O socialista apontou que este último era um apelo que já tinha sido feito e considerou que estava nas mãos de Montenegro resolver a degradação ética que o Partido Social Democrática e o Governo estão a "introduzir" na política portuguesa.
"Quer pela confusão entre as atividades profissionais e empresariais e a sua atividade pública, quer pela confusão em que é campanha eleitoral e o que é ação do Governo. A lei introduz critérios para que isso não aconteça. E o Governo tem de ter o cuidado de cumprir a lei", apontou, sublinhando que só o primeiro-ministro tinha condições para esclarecer esta situação.
Perestrello recusou ainda que o PS tenha feito acusações, mas que os esclarecimentos surgem depois de "um conjunto de suspeitas" que têm vindo a surgir em relação a este caso, citando, nomeadamente, a notícia sexta-feira do Expresso, que deu conta de que 'O maior cliente da empresa de Montenegro está entre os principais doadores do PSD.'
"Gostaríamos que esses esclarecimentos fossem prestados. E quanto mais cedo, melhor. Se não houver problema nenhum, tanto melhor", atirou.
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