Numa reunião à porta fechada entre os líderes da missão da troika em Portugal - Abebe Selassie (Fundo Monetário Internacional), Jürgen Kröger (Comissão Europeia) e Rasmus Rüffer (Banco Central Europeu) - com a comissão parlamentar que acompanha a implementação das medidas do programa de assistência financeira (que decorreu à porta fechada), o CDS-PP terá dito à troika que estes prazos devem ser alargados e viu um consenso sobre o tema.
"Tem de ser levada em conta na sua aplicação no tempo quer a conjuntura económica que se degradou, quer o desemprego. O que me pareceu haver na reunião foi um consenso para que haja um alargamento dos prazos, quer no que toca à meta do défice, quer no corte na despesa [na ordem dos 4 mil milhões de euros]", afirmou a deputada Cecília Meireles.
A deputada disse ainda que o CDS-PP transmitiu à troika que "a sua visão daquilo que é corte na despesa é substituir aquilo que é um aumento temporário, conjuntural e extraordinário da carga fiscal, da receita, e substituir isso por um corte estrutural na despesa que seja permanente, e para ser permanente terá de ser economicamente viável e socialmente aceitável".
Questionada pelos jornalistas, a deputada que saiu recentemente do cargo de secretária de Estado do Turismo não esclareceu o que consideram "socialmente aceitável" e que já haviam apresentado alternativas, tais como as rescisões amigáveis na Função Pública, evitando ainda falar se os planos do CDS-PP envolveriam, e de que forma, cortes nas pensões.