Passos Coelho participou na sessão de encerramento do colóquio "Uma economia comprometida com o território e com a coesão territorial", organizado pela concelhia do PSD de Boticas, distrito de Vila Real, e onde o tema principal foi o combate às assimetrias que afetam o país.
O líder do PSD aproveitou para criticar o Governo de António Costa no que diz respeito à reversão de algumas políticas que estavam a ser implementadas pelo anterior executivo PSD-CDS, como por exemplo, a fusão no setor das águas.
Passos Coelho disse ainda que, até hoje, não houve por parte do novo ministro da Ciência e Ensino Superior um compromisso em manter a aposta na criação de centros de investigação em três universidades do Interior, a de Trás-os-Montes e Alto Douro, Évora e Beira Interior.
E, relativamente aos fundos comunitários, garantiu que o seu executivo deixou "tudo pronto para começarem a fluir", com "uma execução muito razoável de abertura de candidaturas para os novos programas".
No entanto, frisou que, "os meses vão passando e dá a impressão que o novo Governo prefere esperar pela acumulação de novos concursos que possam ser lançados para dar maior visibilidade à execução dos fundos do que em ir executando o que já está em condições de ser executado"
"Fica-nos a impressão de que a agenda mediática tem mais importância do que a substância da governação. Ora se há muitas matérias que estão em condições de ser aprovadas e lançadas a concurso ou de poderem ser adjudicadas, não há nenhuma razão para ficar à espera de um grande efeito mediático", salientou.
Passos Coelho defendeu que o país precisa de uma "estratégia que permita assegurar uma maior coesão e uma maior competitividade da economia nos territórios de baixa densidade".
E, na sua opinião, isso faz-se "com um pouco mais de ação e um pouco menos de espetáculo".
O líder do PSD aproveitou ainda para criticar políticas do Governo PS que "agravam as desigualdades", como o aumento dos impostos nos combustíveis e disse que chega a ser "caricato" ver um ministro da Economia a pedir aos portugueses que "não vão abastecer a Espanha e que abasteçam mais caro cá".
Para tornar os territórios de baixa densidade mais competitivos, Passos Coelho defendeu que é "preciso capacidade para atrair empreendedores, empresas e investimento" com estratégias delineadas em conjunto pela administração central, associações de municípios e câmaras.