"A Europa está em guerra"
Eurodeputado do CDS ficou retido no aeroporto do Porto, onde se preparava para entrar num voo para Bruxelas.
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Política Bruxelas
A TVI contactou Nuno Melo, membro do Parlamento Europeu pelo CDS. Foi ali perto que aconteceram três ataques terroristas que já mataram mais de 20 pessoas.
Esses ataques, diz, “aconteceram em pontos nevrálgicos de que depende a vida de Bruxelas”, com especial destaque para a estação de metro, que “é utilizada por milhares de pessoas que todos os dias trabalham nas instituições europeias, particularmente no Parlamento Europeu”, exemplificou.
O eurodeputado deu ainda um outro exemplo, desta vez “de um assessor que conheço que 40 minutos antes, tinha saído exatamente naquela estação de metro”. O centrista acrescentou ainda que o Parlamento Europeu, “que já estava sob aviso amarelo desde os ataques em Paris, está agora em alerta máximo”. Por enquanto, “as instruções das autoridades são para que as pessoas se mantenham resguardardas nos edifícios”.
Nuno Melo estava ele próprio prestes a deslocar-se para Bruxelas, mas o aviso dos ataques fez com que ficasse retido no aeroporto do Porto, onde se encontra neste momento.
Estes ataques, cuja gravidade é inegável, podiam ter sido levados a cabo no próprio Parlamento Europeu, que até há pouco tempo tinha as medidas de segurança longe no nível atual. “Há cerca de oito meses, um grupo de manifestantes curdos queriam ser recebidos pelo presidente do parlamento e que, cansados de esperar, decidiram irromper pelo parlamento, agrediram seguranças e eu fui apanhado no meio da escada rolante. Não vinham com más intenções, mas tivesse sido outra a vontade e a tragédia tinha sido imensa. Estamos a falar de 30 a 40 pessoas que se barricaram no terceiro piso do parlamento europeu”, contou.
Sem medos em dizer que “é claro que a Europa está em guerra”, Nuno Melo afirma que o espaço europeu, tal como o resto do mundo, não se pode deixar sucumbir ao medo.
“É muito difícil evitar estes atos de terror, que são indiscriminados, cobardes e levados a cabo por aqueles que querem fazer do medo uma arma, e levam nisso uma vantagem como todos os cobardes desta vida. O que não se deve fazer é permitir que nos paralisem”. Por isso mesmo “temos de começar por rezar pelos que morreram e combater estes loucos”.
“Chega a ser trágico que tenham de acontecer estes atentados para que as pessoas ganhem senso para perceberem que, quando se está em guerra contra um terrorismo que muitas vezes não tem rosto, há muitas restrições que temos que aceitar, não basta dizer que o medo não vencerá. É preciso agir”, concretizou.
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