O primeiro-ministro chegou por volta das 10:15 à Universidade de Coimbra, para assistir à sessão solene do doutoramento 'honoris causa' do ex-alto-comissário das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) António Guterres, tendo ido diretamente para junto da Porta Férrea, não parando junto dos manifestantes.
As cerca de três centenas de protestantes, que se encontravam na Rua Larga, vaiaram António Costa assim que se aperceberam da chegada do líder do Governo socialista.
"Cobarde", gritaram, cantando de seguida o hino nacional.
Na Rua Larga, pais, alunos e professores, a maioria de t-shirt amarela, seguravam em cartazes onde se podia ler "Pago impostos. Eu escolho a escola do meu filho", "Não fechem a minha casa", "Em nome do meu filho" ou "Livre para escolher".
Alguns cartazes dirigiam-se também ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, referindo "Obrigado Sr. Presidente" e "Também temos esperança".
Marcelo Rebelo de Sousa, que chegou pouco depois de António Costa à Universidade de Coimbra, também não parou junto da manifestação.
Para além do hino nacional, que foi cantado pelo menos três vezes, os manifestantes cantaram também um excerto da canção "Somos livres" (também conhecida por "Uma Gaivota Voava, Voava").
"Liberdade", "qualidade" e "igualdade", gritaram repetidamente.
Coimbra é apresentado como um caso paradigmático da presença de colégios com contratos de associação perto de escolas públicas com capacidade de resposta, onde, na sequência da revisão efetuada pelo Ministério da Educação, oito dos nove colégios deixaram de ter qualquer turma de início de ciclo financiada no próximo ano letivo.