A notícia de que a administração do Porto de Lisboa iria avançar com um despedimento coletivo por redução da atividade, sem revelar quantos dos 320 estivadores irá despedir chegou como um choque para muitos.
O deputado do Bloco de Esquerda, José Soeiro caracteriza esta situação como uma “ameaça”. “O que está a acontecer é grave. Mas há quem não aceite a precarização”, escreve na sua página de Facebook.
Relativamente a este anúncio, o Sindicato dos Estivadores decidiu manter o pré-aviso de greve até 16 de junho e convocou uma manifestação, declarando-se “em luta contra mais um despedimento coletivo que pretende substituir trabalhadores com direitos por precários, sem direitos e com salários de miséria, quando existem condições para criar centenas de empregos dignos e permanentes nos portos portugueses”.
Para José Soeiro, esta afirmação é mais do que verdadeira e dá toda a razão ao sindicato.
Desde 20 de abril que os estivadores do Porto de Lisboa estão em greve a todo o trabalho suplementar em qualquer navio ou terminal, isto é, recusam trabalhar além do turno, aos fins de semana e dias de feriado.