"Espero que seja possível, num tempo razoável, ver resolvida a situação que existe no Porto de Lisboa, porque chegam ecos das consequências para a economia nacional, mas também de algumas consequências sociais", afirmou.
No final de um encontro/debate com jovens na Universidade de Évora, Marcelo Rebelo de Sousa, em declarações aos jornalistas, fez questão de se pronunciar sobre a situação do Porto de Lisboa e a greve dos estivadores.
"Ainda ontem [na terça-feira] ouvi, da parte do presidente do Governo Regional da Madeira preocupações relativamente, não só a fornecimentos de natureza económica importantes para a região autónoma, mas também até de fornecimentos que são importantes para a saúde da região", disse.
Por isso, embora respeitando "aquilo que é próprio de uma democracia, que é pluralidade de pontos de vista em matéria laboral", na qual "o Presidente da República não deve envolver-se", Marcelo Rebelo de Sousa frisou esperar que a situação não signifique "uma situação duradouramente negativa para um porto importante como é o Porto de Lisboa".
E, em segundo lugar, acrescentou, que o diferendo não signifique "consequências preocupantes para a economia portuguesa e até para aquilo que é a situação social de muitos portugueses".
O Presidente da República participou, na academia alentejana, no 2.º Encontro/Debate com Jovens no âmbito das comemorações dos 40 anos das primeiras eleições presidenciais em democracia.
Na sessão, moderada pelo jornalista Joaquim Letria, participou o ex-Presidente da República general António Ramalho Eanes.