"Exercendo o meu direito à resistência e à denúncia, e na defesa da liberdade e dos direitos cívicos do meu povo, vou usar esta bandeira do Estado Islâmico, como um grito de alerta, como uma chamada de atenção para o estado calamitoso do Ministério Público e dos tribunais no nosso país", afirmou na ocasião José Manuel Coelho
O deputado do PTP declarou, ainda, que a "autonomia foi tomada de assalto pelo PSD num longo reinado de 37 anos: foram anos de muitas obras públicas, mas também de muita corrupção".
José Manuel Coelho considerou, por outro lado, que a justiça na Madeira "é uma farsa e não há liberdade de expressão".
Protestando pelo facto de ter sido condenado em vário processos judiciais pelos crimes de difamação, que têm resultado em penhoras do seu vencimento, Coelho argumentou: "Se o Presidente angolano tivesse processado o ativista Luaty Beirão por calúnia e difamação e retirado todos os seus bens em vez de prendê-lo, com certeza não tinha sido alvo da censura da comunidade internacional".
O deputado madeirense apelou a Marcelo Rebelo de Sousa que "use a sua magistratura de influência" para "libertar destes juízes fundamentalistas, jiadistas camuflados, que oprimem e levam o país rumo ao obscurantismo".
O episódio não foi mencionado durante o resto da sessão.
José Manuel Coelho já protagonizou outros momentos insólitos no parlamento da Madeira, tendo desfraldado uma bandeira nazi, despido a roupa ou usado um relógio de cozinha ao peito, entre outros.