Nas últimas duas semanas, frisou Galamba à agência Lusa, duas notícias "vieram confirmar um padrão de comportamento do anterior Governo em relação ao setor financeiro e em particular à CGD": primeiro, apontou, o Tribunal de Contas acusou as Finanças de falta de controlo na CGD entre 2013 e 2015 (com PSD e CDS no poder), e hoje o Público noticia que o executivo só "despachou relatórios" sobre a entidade a 15 dias das eleições legislativas de 2015.
"O padrão parece ser óbvio: evitar reconhecer o problema aumentando, portanto, o problema, e tentar não perturbar o período pré-eleitoral, sacrificando com isso o banco e o erário publico", advogou João Galamba, para quem um "problema pode ficar escondido, mas seguramente não fica menor".
Pareceres da Inspeção-Geral das Finanças que mostravam um aumento das imparidades estiveram, segundo o Público de hoje, guardados durante seis meses, tendo os documentos sido despachados a duas semanas do sufrágio de 2015.
O atual Governo, diz o porta-voz do PS, "está a resolver os problemas no setor" financeiro, inclusive na Caixa, e, mesmo admitindo que "nem tudo foi perfeito" no processo do banco público, António Costa e o seu executivo têm "resolvido os problemas que o anterior Governo não resolveu ou até agravou".