Assunção Cristas não deixou passar a época natalícia sem entregar um presente ao primeiro-ministro e, durante o debate quinzenal na Assembleia da República, ofereceu a Costa uma caixa com “três coisas”.
Depois de referir que p chefe do Governo “não consegue desmentir que a economia não está como tinha prometido, que o investimento público é uma vergonha, que os serviços públicos estão desgraçadamente com uma fraquíssima qualidade, que o amor ao SNS já era e o que temos é mais dívida e mais impostos”, a líder centrista garantiu que “mal seria se não tivesse um número especial para este momento”.
“Não me levará a mal que, aproveitando a época natalícia, lhe dê três coisas”, começou por dizer Assunção Cristas, enquanto mostrava a todos os presentes o que tinha no interior da caixa verde com tampa vermelha.
Um par de óculos por achar que o “primeiro-ministro às vezes vê as coisas desfocadas, precisava de ver melhor... não é tudo cor-de-rosa como imagina”, justificou.
Mais. A líder do CDS deu ainda a Costa um “soro da verdade” para “olhar bem para a avaliação objetiva das políticas do anterior governo”. E, “por fim, um pacote das propostas que o CDS apresentou este ano em temas diversos. Estão aqui e espero que possa ser uma leitura inspiradora para o novo ano”, concluiu.
Em resposta, António Costa mostrou-se “muito agradecido” e brincou. “Sempre achei que daria uma boa mãe Natal e não me enganava”, disse.
“Dos óculos ao soro, porque a busca pela verdade é sempre um trabalho incessante que a todos nos deve inspirar, e se puder ver bem e inspirar-me em boas ideias que certamente o CDS também tem, são algo que me será muito útil”, acrescentou o primeiro-ministro.
Numa mudança de rumo à brincadeira, António Costa 'apontou' ainda ao PSD. “Da próxima vez, o PSD, em vez de trocar o deputado Pedro Passos Coelho pelo deputado Montenegro, deverá também o deputado Montenegro fazer uma gracinha de pai Natal para ver se consegue competir consigo”, atirou.
Porém, se Costa trouxesse um presente a Cristas, optaria por um “retrovisor” para que a centrista visse “bem o seu passado”. “E aí, se confrontasse o seu passado com o Orçamento de 2017, [...] não só aumentámos em 22% o investimento público, como direcionámos para onde ele deve ser direcionado”, referindo que o Governo “passa da preocupação para a ação”.
[Notícia atualizada às 16h52]