Após as declarações do primeiro-ministro sobre a venda do Novo Banco, onde detalhou e especificou o negócio com o fundo norte-americano Lone Star, foi a vez do deputado socialista João Galamba fazer a sua apreciação sobre aquilo que ficou acordado.
Lembrando desde logo que “a Lone Sar era o único comprador” do ex-Banco Espírito Santo e que, por isso, “não havia alternativa a não ser a liquidação”, Galamba afirmou que “o que se garantiu foi uma melhoria muito significativa face à proposta inicial da Lone Star”, visto que “esta solução impede a Lone Star de ser a Lone Star”.
“No fundo, uma das preocupações que muita gente tinha é que a natureza do fundo poderia causar impactos muito negativos para o banco. Esta solução neutraliza esses impacto", frisou.
"De que maneira?", questionou João Galamba para de seguida dar a resposta. "O impedimento da distribuição de dividendos durante vários anos impede que a Lone Star extraia excessivamente recursos do banco, fragilizando-o. O mecanismo através do qual o Fundo de Resolução mantém controlo integral sobre os ativos do chamado ‘banco mau’ do Novo Banco”, explicou aos jornalistas no Parlamento.