"Julgo que, no nosso país, não conseguiremos ter uma maior justiça fiscal e, portanto, também, uma maior justiça social na forma como pagamos as despesas do nosso Estado, se não formos capazes de dar às repartições de finanças, aos serviços públicos, as condições que precisam para trabalhar", disse Catarina Martins.
A dirigente do Bloco de Esquerda falava no final de uma visita a uma repartição de Finanças de Matosinhos, realizada a convite do Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos.
"Num momento em que tanto se fala dos impostos, porque começa a campanha do IRS, é bom que se fale também das condições de trabalho e da necessidade do investimento nos serviços públicos", frisou.
Sobre a repartição de Finanças de São Mamede Infesta, Matosinhos, Catarina Martins referiu que é "uma das que acolhe um maior número de população, onde há muito poucos trabalhadores para a quantidade de pessoas que recorrem".
"É uma repartição de finanças que trata da cobrança de impostos a empresas tão importantes e relevantes para o nosso país, como a SONAE, a EFACEC, a UNICER, e que tem de trabalhar com sistemas informáticos obsoletos, sem pessoal, e, portanto, com uma desproporção de meios enorme face às empresas e ao seu planeamento fiscal agressivo", acrescentou.