Mais de 9 mil assinaram petição: Parlamento debaterá fim da caça à raposa

Movimento pela Abolição da Caça à Raposa diz que “142.480 raposas foram mortas entre 2005 e 2015” e classifica a prática de “cruel e bárbara”.

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Goreti Pera
16/05/2017 12:25 ‧ 16/05/2017 por Goreti Pera

Política

Movimento

Vai ser discutida na Assembleia da República uma petição pelo fim da caça à raposa. A iniciativa é do Movimento pela Abolição da Caça à Raposa e colheu o apoio de mais de nove mil signatários.

A petição será entregue no Parlamento na próxima quinta-feira pelas 14 horas. “Estamos no século XXI e parece-nos indicado pedir ao legislador que repense a forma como esta atividade está legislada. Vários outros países estão avançar no sentido de restringir a caça e o caminho natural será que no futuro esta seja totalmente abolida”, reivindicam os signatários.

Na iniciativa publicada no site Petição Pública, é expressa “preocupação com a normalização de uma atividade que, ao contrário do que muitas vezes é defendido, não pretende proteger espécie alguma, mas sim dizimá-la” e é pedido “que o legislador avance mais um pouco para controlar um flagelo que acontece com animais cuja proteção também é da sua responsabilidade”.

Em comunicado enviado às redações, o Movimento pela Abolição da Caça à Raposa explica que “pelo menos 142.480 raposas foram mortas entre 2005 e 2015” e que “entre 15 a 20 batidas foram organizadas durante os meses de janeiro e fevereiro, precisamente durante a época de acasalamento, em que as raposas são mais suscetíveis de caçar”.

“Não há bases científicas que suportem e demonstrem um excesso populacional de raposas”, asseguram os responsáveis pelo movimento, convictos de que a caça à espécie “trata-se de uma prática cruel e bárbara” e “contrária aos esforços de educação ambiental atuais”.

No site do Parlamento português é explicado que qualquer petição subscrita por um mínimo de mil cidadãos é, obrigatoriamente, publicada no Diário da Assembleia da República e, se for subscrita por mais de 4.000 cidadãos, é apreciada em Plenário da Assembleia.

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