Ministros da Defesa e Administração Interna "estão à altura do Governo"

Augusto Santos Silva, ministro dos Negócios Estrangeiros, responde ao pedido de demissão dos dois ministros, feito hoje pelo CDS.

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João Oliveira
03/07/2017 23:15 ‧ 03/07/2017 por João Oliveira

Política

Entrevista

A atualidade política ficou, esta tarde, marcada pela exigência do CDS em ver demitidos os ministros da Administração Interna e da Defesa.

Sobre as críticas feitas por Assunção Cristas, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, disse desde logo, numa entrevista à RTP, ser "evidente" que ambos os governantes "estão à altura do Governo".

"Compreendo as iniciativas da oposição, mas peço apenas que se procure manter as Forças Armadas afastadas do jogo político, porque devemos esse respeito a essa instituição fundamental", acrescentou, dizendo não ter "nada a comentar" sobre as palavras de Cristas em particular.

Mesmo reconhecendo que tanto a tragédia de Pedrógão Grande como o roubo do material de guerra em Tancos são "muito graves", o governante explicou que, em primeiro lugar, "precisamos de saber o que se passou", sendo precisamente para isso "que decorrem os inquéritos respetivos, seja ao nível judicial, administrativo ou sem sede de exercício da autoridade militar".

Identificado o problema e apurado o responsável pelo mesmo, "é não hesitar perante a identificação de eventuais erros, de sacar eventuais responsabilidades, de tentar recuperar o material roubado no caso de Tancos, de tentar reconstruir o que ficou destruido em Pedrógão Grande"-

"Isso é que é exercer a responsabilidade. No fim cá estaremos para verificar o que é que de errado se passou, para corrigir erros se for necessário corrigi-los e evitar que eles se repitam", garantiu.

Por fim, o 'número dois' do Governo deixou um apelo a que se faça uma distinção "com clareza o que são as responsabilidades do Governo na condução da política, neste caso na política da defesa nacional, e o que são as responsabilidades das instituições, neste caso as Forças Armadas, no seu funcionamento e funções", não fazendo qualquer palpite sobre o destino do material militar que foi roubado da base de Tancos.

 

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