O líder do PSD saiu há instantes do encontro com o Presidente da República. Em declarações aos jornalistas a partir do Palácio de Belém, Pedro Passos Coelho recusou-se a falar sobre o futuro do partido, no seguimento dos parcos resultados alcançados nas eleições autárquicas.
Em breves palavras, o líder social-democrata esclareceu que tudo o que possa ser dito neste momento é “especulação”, uma vez que possíveis decisões sobre o futuro do partido só serão tomadas amanhã [terça-feira], após “uma avaliação com mais detalhe dos resultados das autárquicas” na reunião do Conselho Nacional do PSD.
Sobre a reunião que manteve com Marcelo Rebelo de Sousa, o social-democrata admitiu que o Orçamento do Estado para 2018 foi um dos temas em discussão, mas salientou que houve apenas “uma troca de impressões”, uma vez que “ainda não existe nenhuma proposta de lei do orçamento”.
“Há pouco para poder conversar. Conhecemos apenas notícias que dão algumas pistas sobre o que virão a ser as escolhas do Governo”, mas não propostas efetivas, justificou Passos Coelho.
No que respeita ao OE2018, o líder do principal partido da oposição frisou ainda esperar que haja “condições para o exercício orçamental para este ano” e salientou “a importância de o país atingir a meta orçamental”.
Passos Coelho mostrou, porém, algum ceticismo, dizendo: “Sabemos que precisamos de crescer significativamente mais do que temos crescido. Tal implica medidas que não temos visto da parte do Governo”.
O presidente do PSD disse ainda ter trocado impressões com Marcelo Rebelo de Sousa "sobre outras matérias de atualidade", que não especificou: "Essa é uma matéria que fica sempre para a reserva do senhor Presidente da República".