Em declarações à Lusa, após o anúncio do líder do PSD, Pedro Passos Coelho, de que não se vai recandidatar, André Ventura mostrou-se disponível para avançar, mas foi sobretudo crítico do eventual candidato Rui Rio.
"Na minha ótica, Rui Rio não pode nem deve ser o próximo líder. Sinceramente espero que Luís Montenegro ou Paulo Rangel avancem porque este é o seu momento", afirmou, deixando em aberto a possibilidade de ele próprio avançar: "Se ninguém for contra o Rui Rio. Agora o que acho importante sublinhar é que o PSD não pode ter a passadeira vermelha", concluiu.
"Nós [PSD] não podemos ser um partido de passadeira vermelha, que agora abre completamente as portas e recebe em ombros aqueles que nos últimos anos andaram a criticar, a atacar e a boicotar o trabalho interno, quer da liderança quer dos milhares de candidatos autárquicos por todo o país", afirmou.
Na terça-feira à noite, o antigo primeiro-ministro Pedro Santana Lopes e líder do partido disse à SIC-Notícias que está a ponderar uma eventual candidatura e hoje numa entrevista à rádio TSF, o ex-líder parlamentar do PSD Luís Montenegro admitiu igualmente estar a ponderar uma eventual candidatura à liderança do PSD.
Nas eleições autárquicas de domingo, o PSD perdeu oito lideranças de câmaras municipais, ficando com 98 presidências (79 sozinhos e 19 em coligação), mas em termos de votos e percentagem quase não houve variações, tendo conseguido, sozinho, 16,08% dos votos (em 2013 foram 16,70%).