O presidente da Mesa do Congresso, Fernando Ruas, tem de receber as moções de estratégia global até 02 de janeiro, pelas 18:00, em conjunto com a candidatura a presidente da Comissão Política Nacional do PSD, algo já efetuado por Rio na passada quinta-feira, igualmente perante o Conselho de Jurisdição Nacional e a Comissão Nacional de Auditoria Financeira.
Nos dias seguintes estão previstos debates televisivos na RTP, em 04 de janeiro, na TVI - que chegou a estar marcado para 28 de dezembro, mas está a ser reagendado por falta de consenso -, outro organizado por SIC, Rádio Renascença e semanário Expresso, a 09 de janeiro, e ainda o radiofónico (Antena 1/TSF), em 11 de janeiro.
Nas eleições diretas de 13 de janeiro, mais de 70.385 militantes do PSD vão poder participar, uma vez que regularizaram as suas quotas até 15 de dezembro, anunciou a secretaria-geral do partido, escolhendo o sucessor de Pedro Passos Coelho, o segundo líder mais duradouro depois de Cavaco Silva (sete anos), que abdicou em função dos fracos resultados autárquicos em outubro.
O antigo primeiro-ministro Santana Lopes ainda não apresentou publicamente a sua moção estratégica, mas já divulgou publicamente a proposta de programa "Um Portugal em Ideias", que será validado numa convenção nacional em 06 de janeiro, apresentando-se com o lema "Unir o partido, ganhar o país".
O também ex-presidente das Câmaras de Lisboa e da Figueira da Foz tem vindo a considerar esgotada a atual solução governativa, liderada pelo PS, a qual só se mantém por "sobrevivência do poder". Santana antevê que a legislatura pode terminar antes de tempo, elogiando, ao mesmo tempo, o trabalho de "salvação nacional" levado a cabo por Passos Coelho, nos anos de intervenção externa pela 'troika' do Banco Central Europeu, Comissão Europeia e Fundo Monetário Internacional.
Quinta-feira, Rio entregou na rua de São Caetano à Lapa as declarações de subscrição da candidatura (2.446 militantes com quotas em dia), o orçamento de campanha e a proposta de estratégia global, enquanto o texto orientador fora apresentado na véspera, em Leiria.
O antigo secretário-geral do PSD manifestou o desejo de "libertar o país da amarração à extrema-esquerda" e defendeu um partido "do centro-direita ao centro-esquerda", "reformista" e de bases renovadas, para ganhar eleições europeias e legislativas em 2019.
O futuro líder do PSD apenas terá a sua direção eleita em meados de fevereiro - o 37.º Congresso realiza-se entre 16 e 18, em Lisboa -, entrando em plenitude de funções a cerca de ano e meio da data prevista para as legislativas, que deverão realizar-se entre setembro e outubro de 2019.