Nove meses depois, China levanta suspensão a videojogos

A China levantou esta semana a suspensão na atribuição de licenças para novos de jogos de vídeo, ao fim de nove meses, impulsionando as empresas do setor por altura do Natal e do Ano Novo.

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Lusa
26/12/2018 09:25 ‧ 26/12/2018 por Lusa

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Licença

"Acabámos de rever um primeiro lote de jogos de vídeo e vamos acelerar a distribuição das licenças", afirmou esta semana Feng Shixin, vice-diretor da Administração Estatal de Imprensa e Publicação (SAPP, na sigla em Inglês).

"Existe ainda uma enorme quantidade de jogos de vídeo para analisar. Por isso o processo levará algum tempo. Vamos continuar a trabalhar no duro, e espero que sejam pacientes", acrescentou, citado pela imprensa estatal.

A China é o maior mercado de jogos de vídeo do mundo, com cerca de 620 milhões de jogadores.

O mercado interno é quase exclusivamente alimentado por empresas domésticas, face às dificuldades das empresas estrangeiras em se adaptarem aos regulamentos.

Todas as empresas devem apresentar os jogos aos reguladores antes da comercialização. O processo de revisão pode levar até dez meses.

Por vezes, os jogos acabam por ser retirados do mercado pouco após a publicação: o jogo "Monster Hunter: World" foi proibido cinco dias após o seu lançamento.

As licenças estavam suspensas desde que, em abril passado, o departamento de Propaganda do Partido Comunista Chinês alargou as suas funções, após a extinção da Administração Estatal de Imprensa, Publicação, Rádio, Cinema e Televisão.

As autoridades justificaram a decisão de suspender a emissão de novos jogos com a necessidade de combater a miopia entre as crianças e o vício de jogos 'online'.

As empresas foram também forçadas a adotar sistemas mais restritos de confirmação da identidade dos jogadores.

Em resultado, as empresas tecnológicas do país perderam um terço do seu valor, em 2018, nas principais praças financeiras do país.

Segundo o portal noticioso Caixin, pelo menos dez empresas chinesas de jogos perderam 20% das suas receitas, no primeiro semestre de 2018, enquanto a quebra de receitas em outras cinco empresas supera os 50%.

O setor registou assim o ritmo de crescimento mais lento da última década, de 5%, face ao ano anterior. Previsões apontam uma receita anual de 214.000 milhões de yuan (27.220 milhões de euros).

É a primeira vez desde 2009 que o crescimento da indústria na China não alcança os dois dígitos.

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