Um dos fundadores do Facebook quer que a rede social seja desmantelada
Chris Hughes argumenta que a tecnológica criou um monopólio que está a atrasar inovação.
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Tech Inovação
Um dos fundadores do Facebook, Chris Hughes, é o autor do mais recente artigo de opinião publicado pelo The New York Times onde apela para que a empresa tecnológica seja desmantelada. Hughes considera que o governo dos EUA devia reverter a aquisição do WhatsApp e do Instagram pelo Facebook de modo a criar mais competição à rede social de Mark Zuckerberg.
“A influência do Mark [Zuckerberg] é estrondosa, muito maior do que qualquer pessoa no setor privado ou no governo. Ele controla três plataformas de comunicação nucleares – o Facebook, o Instagram e o WhatsApp – que milhares de milhões de pessoas usam todos os dias”, aponta Hughes. “Sozinho, o Mark pode decidir como configurar os algoritmos do Facebook para determinar o que as pessoas têm nos seus Feeds de Notícias, as definições de privacidade que podem usar e até que mensagens são enviadas. Ele estabelece as regras de como distinguir discurso violento e incendiário de meramente ofensivo e pode escolher anular um rival ao adquiri-lo, bloqueá-lo ou copiá-lo”.
Apesar disto, Hughes ainda considera Zuckerberg uma “pessoa bondosa” mas admite que está “chateado com o foco no crescimento que o levou a sacrificar segurança e civismo por cliques”.
Hughes junta-se assim a outros críticos virulentos, como George Soros, que ataca com frequência a Facebook e outras empresas da internet, que também descreve como "monopólios cada vez mais potentes".
Hughes junta-se também à senadora democrata Elizabeth Warren, candidata democrata às eleições presidenciais de 2020, que propôs recentemente "desmantelar estes monopólios" e que considerou hoje, na rede social Twitter, que Chris Hughes tinha "razão".
Já muito criticada por não ter antecipado as manipulações políticas orquestradas pela sua rede -- em particular, durante a campanha presidencial norte-americana em 2016 --, a Facebook é também atacada pela gestão dos dados pessoais dos seus utilizadores, desde o escândalo Cambridge Analytica em 2018.
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