Executivo do WhatsApp desmente acesso a mensagens encriptadas

O tratado entre os EUA e o Reino Unido tem, afinal, o objetivo de acelerar o processo de ter acesso a mensagens nas redes sociais com a aprovação dos respetivos e não da implementação de uma ‘entrada de traseiras’.

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Miguel Patinha Dias
30/09/2019 15:42 ‧ 30/09/2019 por Miguel Patinha Dias

Tech

Privacidade

As notícias avançadas pela Bloomberg a adiantar que um tratado, a ser assinado entre os EUA e o Reino Unido, resultaria na implementação de uma ‘entrada de traseiras’ em apps encriptadas como o WhatsApp lançou o pânico entre os utilizadores de serviços deste tipo. Porém, dizem o ex-responsável pela segurança do Facebook, Alex Stamos, e o vice-presidente do WhatsApp, Will Cathcart, que não será bem assim.

“Este acordo permitiria apenas aos tribunais do Reino Unido submeter pedidos equivalentes aos dos EUA, mas não lhes dá nada que que os tribunais nos EUA já não possam pedir. Mandatos de escuta a produtos como o WhatsApp podem dar alguns dados, como endereços IP, números de telefone, listas de contactos e fotografias de perfil. Não podem obter mensagens encriptadas e anexos”, refere Stamos no Twitter (abaixo).

A ideia que seria implementada uma forma de contornar a encriptação do WhatsApp também foi desmentida por Cathcart. “Ficámos surpreendidos em ler esta história e não estamos desportos para discussões que nos forçariam a alterar o nosso produto. Somos completamente contra isto. ‘Entradas de traseiras’ são uma ideia horrível e qualquer governo que as sugira está a propor enfraquecer a segurança e privacidade de todos”, afirmou o executivo do WhastApp no Hacker News.

A ideia é portanto acelerar os processos de pedidos de dados do Reino Unido a empresas tecnológicas norte-americanas que detêm serviços de mensagens encriptadas, obtendo registos de comunicações de suspeitos em atividades criminosas. Apenas os registos, não os conteúdos das mensagens.

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