"Um terço dos smartphones vendidos em Portugal" no ano passado "eram Huawei", adiantou o responsável, num encontro com jornalistas, em Lisboa.
A fabricante chinesa tem estado no centro de uma 'guerra' entre os Estados Unidos e a China, com Washington a acusar a Huawei de alegada espionagem e a pressionar os países europeus a não usar a sua tecnologia, numa altura em que muitas vezes estão a lançar o 5G.
Apesar desta situação, Cloud Shen, em declarações à Lusa, manifestou-se "confiante" que as vendas de 'smartphones' vão continuar a crescer em 2020.
"Vamos continuar a trazer tecnologia de topo e estou confiante" que, não só as vendas de telemóveis inteligentes vão continuar a crescer, como também as dos dispositivos conectáveis.
"Tenho boas perspetivas" para este ano, acrescentou.
Relativamente ao 5G, "vamos trazer mais" oferta nesta área e "mais rápido" do que os concorrentes, salientou.
Está previsto que o arranque do 5G aconteça em meados deste ano, de acordo com o calendário da Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom).
"Vamos ter grandes desafios" este ano e "com muita inovação", estimou Tiago Flores, diretor de consumo da Huawei Portugal, que na apresentação adiantou que a fabricante chinesa vai continuar a "investir fortemente" em investigação e desenvolvimento e 'software' este ano.
Em Portugal, a marca aposta não só nos smartphones como também vai relançar os computadores e apostar nos dispositivos conectáveis, uma área de grande crescimento com o advento do 5G, já que a tecnologia permite uma maior conectividade (Internet das Coisas).
"No 5G, como é sabido, temos uma solução desde a infraestrutura até aos terminais. Temos um portefólio de consumo muito robusto de 5G", disse à Lusa Tiago Flores.
E a área de conectáveis - desde relógios, passando por auriculares, entre outros, que comunicam entre si sem fios - é uma área com grande potencial de crescimento.
"Estimamos que no mundo, este ano, cada pessoa usará em média seis equipamentos conectáveis" e isso "é um desafio para as marcas", salientou, apontando que estas categorias "vão representar um negócio relevante".