Cansado de videochamadas? Não se preocupe, não é o único

A pandemia resultou num número sem precedentes de videochamadas.

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Miguel Patinha Dias
28/04/2020 08:29 ‧ 28/04/2020 por Miguel Patinha Dias

Tech

Coronavírus

Nas últimas semanas temos assistido a um aumento ‘galopante’ na utilização de apps e serviços de videoconferência. Apps relativamente desconhecidas como o Zoom ou a Houseparty, por exemplo, alcançaram níveis inéditos de popularidade e outros serviços como o WhatsApp, Skype e Google Duo também assistiram a um aumento na utilização.

Além de videochamadas com colegas de trabalho, estes serviços são também usados entre múltiplos grupos de amigos e família. Não deixa então de ser interessante constatar que, numa altura em que a pandemia obrigou milhões de pessoas a ficarem em casa em quarentena ou isolamento, muitos de nós estejam a socializar mais do que nunca.

Não deixa de ser um aspeto positivo, mostrando que mesmo os mais introvertidos procuram contacto humano com entes queridos, mas de acordo com o The Wall Street Journal e a BBC a tendência está a resultar naquilo que é descrito como um cansaço excessivo de videoconferências, ou “fatiga de Zoom”. O motivo prende-se com o facto de existirem diferenças entre falar por videochamada ou cara a cara.

“Quando estamos sentados cara a cara com alguém, estamos fisicamente presentes e isto permite-nos estar mais envolvidos e não tão orientados para uma interpretação. [Em videochamada] temos de estar mais conscientes das palavras que escolhemos e quando decidimos avançar para uma conversa”, afirmou ao Engadget uma professora na Northern Illinois University nos EUA, Suzanne.

Degges-White aponta ainda que em conversas entre pessoas no mesmo fácil é mais fácil “perceber o ambiente para saber quando podemos intervir partilhando uma perspetiva diferente”. Esta capacidade não está presente em videochamadas dado que “não conseguimos ver tão bem ‘pistas’ como linguagem corporal ou expressões faciais”.

Fica claro então que, apesar de muitos procurarem essa interação social, várias horas de videochamadas possam ser mais extenuantes do que poderia pensar. Não ajuda também o facto de muitos sentirem um sentimento de culpa por não atenderem videochamadas ou não participarem nestas sessões com amigos.

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