O projeto piloto vai realizar-se na ilha de Wight, situada cerca de cinco quilómetros ao largo de Portsmouth, no sul de Inglaterra, e com uma população de cerca de 142 mil habitantes.
A ilha, justificou Hancock durante a conferência de imprensa diária sobre a pandemia de covid-19 no Reino Unido, possui "um pequeno número de casos e permite realizar o teste em condições cientificamente controladas".
A aplicação usa a tecnologia sem fios 'bluetooth' para permite medir a distância relativamente a outros telemóveis, cuja informação é gravada no aparelho.
Se uma pessoa desenvolver sintomas, aciona a aplicação, que envia a informação para o sistema nacional de saúde (NHS), que se encarrega de encaminhar um alerta aos outros utilizadores suscetíveis de terem sido contagiados, juntamente com informação sobre o que devem fazer.
O presidente-executivo do NHSX, a unidade digital do NHS, Matthew Gould, garantiu hoje à Comissão Parlamentar de Direitos Humanos que a privacidade será respeitada, e que só é pedida a primeira parte do código postal para identificar potenciais focos de contágio.
Matt Hancock adiantou que o objetivo é ter pronto em "meados de maio" o novo sistema de rastreamento de casos, que inclui 18.000 funcionários que vão trabalhar em paralelo à aplicação.
"O objetivo é rastrear os casos e isolá-los para impedir que se reproduzam. Crucialmente, permite uma abordagem mais direcionada em termos de confinamento, continuando a controlar a doença com segurança", disse.
O governo quer ter este sistema em prática quando aliviar as medidas de distanciamento social em vigor desde 23 de março e que tem de rever até quinta-feira.
De acordo com a comunicação social britânica, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, pretende anunciar no domingo um plano gradual para o final do confinamento.
O balanço de hoje da situação no Reino Unido registou mais 288 mortes nas últimas 24 horas, o menor aumento desde o final de março, elevando para 28.734 o total de óbitos derivados da pandemia covid-19.