A Apple é considerada uma das empresas mais importantes do começo deste milénio, com produtos inovadores como o iPhone a trilharem um caminho de sucesso e a terem catapultado o co-fundador Steve Jobs para o ‘panteão’ dos grandes ícones da área tecnológica. É esta mística que os analistas da Morgan Stanley acreditam ter encontrado na Tesla e no seu fundador e CEO Elon Musk.
“Há paralelismos a serem retirados entre Apple com o Steve Jobs e a Tesla com o Elon Musk. A questão para a Tesla é se também precisa de um líder operacional, como o Tim Cook é para a Apple, de modo tornar-se uma companhia mais bem-sucedida”, pode ler-se na transcrição de uma conversa entre os analistas da Morgan Stanley partilhada pelo Business Insider.
Os mesmos analistas envolveram-se num debate sobre como deve ser considerada a Tesla, se uma fabricante de automóveis como a General Motors ou a Daimler ou se uma empresa tecnológica como a Apple e a Amazon. A conclusão foi inexistente mas, independentemente disso, a Tesla foi considerada uma “empresa que pensa de forma diferente, que é incrivelmente inovadora numa categoria que precisa de ter um impulsionamento de inovação”.
Para os analistas, os investidores “olham para a Tesla como olhavam para a Apple há 20 anos”.
Apesar dos desafios e controvérsia em torno de Elon Musk, os analistas não acreditam na viabilidade de retirar o co-fundador do comando da Tesla. “Ninguém se dedicará tanto a uma empresa como o fundador. Com um fundador, a empresa torna-se a sua vida e a sua vida torna-se a empresa”, pode ler-se na conversa, onde os analistas referem ainda que “há coisas positivas e negativas com essa dinâmica”.