"Na OMS, estamos a explorar parcerias com o Facebook para instalar a ferramenta 'Doações de Sangue', e 15 países expressaram interesse em ser pilotos nesta iniciativa que vai ligar os doadores de sangue com oportunidades de doar sangue nas redondezas em bancos de sangue aprovados", anunciou Matsishido Moeti no dia em que se assinala o Dia Mundial do Dador de Sangue.
"Na pandemia da covid-19, as reservas de sangue seguro estão em risco", alertou a responsável numa nota colocada no site da OMS.
"As doações regulares de sangue estão a ser adiadas, e as ordens para ficar em casa e o medo de infeção estão a impedir os doadores de acederem aos serviços de saúde", disse a responsável, lembrando que o sangue é "um recurso crítico para a anemia infantil severa, as hemorragias pós-parto e os acidentes graves, para além das cirurgias, tratamento da malária e doenças sanguíneas", entre outras.
"O acesso universal a sangue seguro é uma componente essencial de um sistema de saúde resiliente e contribui para assegurar a universalidade da cobertura de saúde", disse Moeti, lembrando que no ano passado apenas 8 países recolheram 10 ou mais unidades por 100 habitantes, conforme recomendado pela OMS, e 19 países atingiram o objetivo de mais de 80% das doações de sangue ser feita de forma voluntária e não remunerada.
O continente africano registou nas últimas 24 horas mais 204 mortes por covid-19, totalizando 6.244 mortos, em mais de 232 mil casos, segundo o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC).
Os dados mais recentes sobre a pandemia em África indicam que o número de infetados subiu de 225.105 para 232.815, isto é, mais 7.710 que no sábado.
Já o número de recuperados é agora de 106.459, mais 3.613.
O primeiro caso de covid-19 em África surgiu no Egito em 14 de fevereiro, e a Nigéria foi o primeiro país da África subsaariana a registar casos de infeção, em 28 de fevereiro.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 427 mil mortos e infetou mais de 7,7 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.