A cápsula deverá agora ser recolhida por uma embarcação da SpaceX, empresa do milionário Elon Musk, com mais de 40 pessoas a bordo, incluindo médicos e enfermeiros, que cumpriram um período de isolamento de duas semanas e foram testados para o novo coronavírus antes do contacto com os astronautas.
Após a retirada da cápsula do oceano e de exames médicos aos astronautas, estes deverão voar até Houston, no estado norte-americano do Texas.
Lançada a partir do Cabo Canaveral em 30 de maio, a cápsula Dragon, apelidada pela tripulação como Endeavour -- em homenagem ao 'space shuttle' homónimo -, o veículo que colocou em órbita os astronautas Doug Hurley e Bob Behnken acoplou à Estação Espacial Internacional no dia seguinte.
Hurley e Behnken abandonaram o laboratório espacial na noite de sábado, após dois meses a cerca de 400 quilómetros da superfície terrestre.
O regresso desta cápsula da SpaceX representa a primeira vez que astronautas da NASA regressam à terra através de uma amaragem desde 24 de julho de 1975, quando a Apollo CSM-111 regressou, em 24 de julho de 1975, ao norte do Pacífico, colocando fim à missão espacial conjunta de EUA e União Soviética Apollo-Soyuz.
A SpaceX irá necessitar de seis semanas para realizar inspeções à cápsula antes de enviar uma nova tripulação. A próxima missão espacial, prevista para a primavera de 2021, deverá transportar quatro astronautas que passarão seis meses completos na Estação Espacial Internacional.
Após a retirada dos seus 'space shuttles', a NASA recorreu a privadas como a SpaceX e a Boeing para o envio dos seus astronautas para e da Estação Espacial Internacional.
Até ao lançamento de Hurley e Behnken para órbita, pela SpaceX, a NASA tinha recorrido a foguetões russos.