Covid-19: Rio de Janeiro desiste de app para reserva de lugar nas praias

A prefeitura do Rio de Janeiro desistiu do projeto em que os cidadãos teriam de reservar espaço nas praias através de uma aplicação 'online', face às críticas desencadeadas por esta iniciativa que visava o combate à Covid-19.

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Lusa
17/08/2020 23:03 ‧ 17/08/2020 por Lusa

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Coronavírus

"Devido às reações da população na sondagem que realizámos, de que não funcionaria (reserva do areal), mantemos a proibição" dos banhos de Sol, anunciou o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, na noite de domingo.

"É possível tomar banho, comprar alguma coisa para comer, mas depois têm de voltar para casa", explicou o prefeito, que é candidato à recondução no cargo nas municipais de novembro.

Após o anúncio de Crivella, feito na semana passada, da implementação de um sistema de reservas de espaço nas praias através de uma aplicação 'online', os internautas inundaram as redes sociais com mensagens a denunciar que se tratava de uma medida impossível de colocar em prática.

Na "cidade maravilhosa" já eram permitidos banhos no mar e atividades desportivas nas praias - com recurso ao uso de máscaras -, mas não era possível permanecer no areal para desfrutar da paisagem ou apanhar Sol.

Contudo, isso não impediu que milhares de pessoas invadissem as praias de Copacabana, Ipanema ou Leblon nas últimas semanas, poucas delas usando máscara.

O Rio de Janeiro, segunda cidade mais populosa do país, com cerca de sete milhões de habitantes, iniciou uma reabertura gradual das suas atividades no início de junho.

A cidade é uma das regiões em que o novo coronavírus começa a dar tréguas, assim como na maioria dos municípios do estado do Rio de Janeiro, um dos mais afetados pela pandemia, que totaliza 194.279 casos confirmados de covid-19 e 14.562 mortes.

O Brasil totaliza 107.852 óbitos e 3.340.197 casos confirmados de covid-19 desde o início da pandemia, sendo o segundo país mais atingido pela doença no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos.

A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 770.429 mortos e infetou mais de 21,7 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.

 

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