Facebook, Google e Twitter rejeitam tendência anti-conservadora

Os líderes do Twitter, Facebook e Google rejeitaram na quarta-feira as acusações do presidente Donald Trump e respetivos aliados sobre uma tendência anti-conservadora, prometendo defender as respetivas plataformas de usos indevidos durante as eleições presidenciais.

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Lusa
29/10/2020 06:32 ‧ 29/10/2020 por Lusa

Tech

Redes Sociais

Jack Dorsey (Twitter), Mark Zuckerberg (Facebook) e Sundar Pichai (Google) foram ouvidos durante várias horas na quarta-feira, via teleconferência, pelo comité de Comércio do Senado (câmara alta do Congresso norte-americano), a menos de uma semana das eleições presidenciais norte-americanas, agendadas para 03 de novembro.

O principal tópico da audiência era debater uma medida legal que impede ações judiciais contra estas plataformas por conteúdos publicados por terceiros (utilizadores), mas rapidamente as questões dos senadores concentraram-se no futuro escrutínio presidencial.

Em plena contagem decrescente para as eleições e com as preocupações sobre a segurança eleitoral a crescerem, as três grandes plataformas digitais garantiram aos senadores que estão atentas contra qualquer intromissão de atores estrangeiros ou contra qualquer ação de incitamento à violência.

Os líderes do Twitter, Facebook e Google informaram que estão a tomar várias medidas, incluindo a criação de parcerias com organizações de comunicação social para distribuir informações precisas sobre a votação.

Jack Dorsey, cofundador e CEO (presidente executivo) do Twitter, informou, por exemplo, que esta rede social está a trabalhar em estreita colaboração com as autoridades eleitorais estaduais.

"Queremos dar às pessoas que usam o serviço o máximo possível de informações", afirmou Dorsey.

"Estas plataformas tornaram-se árbitros poderosos da verdade e do conteúdo", disse o senador republicano, Roger Wicker, presidente do comité de Comércio, no início da audiência.

Durante as suas intervenções, os líderes das três empresas tecnológicas argumentaram que a lei que estava a ser analisada não protegia apenas as plataformas, mas também a liberdade de expressão dos utilizadores, incluindo políticos.

Roger Wicker criticou o que classificou de "aparentes critérios ambíguos" destas plataformas, uma tendência que, segundo defendeu o senador republicano, tem colocado as mensagens conservadoras em desvantagem, apelando a uma reforma da lei para fortalecer a responsabilidade destas empresas.

"A sua plataforma [Twitter] permite que ditadores estrangeiros publiquem a sua propaganda sem restrições, enquanto limitam sistematicamente o Presidente dos Estados Unidos", criticou o senador republicano.

Em reação, Jack Dorsey contrapôs: "Estamos a reagir o mais rápido possível. Agimos contra os 'tweets' de chefes de Estado de todo o mundo".

 

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