Em comunicado, o instituto do Porto explica hoje que a aplicação móvel, intitulada ECOplay, pretende, através de vídeos informativos sobre iluminação, aquecimento e eletrodomésticos, "ajudar os portugueses a alterar pequenos hábitos diários que podem fazer a diferença do ponto de vista financeiro e ambiental".
Desenvolvida no âmbito do projeto europeu 'FEEdBACk', liderado pelo INESC TEC e financiado em 2,3 milhões de euros pelo programa Horizonte 2020 da União Europeia, a aplicação já está disponível gratuitamente para telemóveis com o sistema operativo iOS e Android.
Citado no comunicado, Filipe Joel Soares, investigador responsável pelo projeto, afirma que a aplicação permite "aprender um pouco mais sobre eficiência energética de uma forma lúdica, ao mesmo tempo que incentiva os utilizadores a pouparem mais energia no seu dia-a-dia".
"Numa altura em que muitas famílias portuguesas se encontram a trabalhar a partir de casa, a alteração de hábitos reflete-se naturalmente nas contas de energia", refere, destacando que a poupança energética contribui para "travar as alterações climáticas", ao reduzir o consumo de combustíveis fosseis e minimizar as emissões de CO2.
Além de vídeos informativos e episódios, a aplicação inclui questionários relacionados com tomadas de decisão do dia-a-dia, bem como uma série de seis episódios de ficção científica em que a crise ambiental é o tema central.
Face a aprendizagem e o desempenho do utilizador, "ser-lhe-ão atribuídos pontos e distinções" que permitem progredir no 'ranking' de utilizadores, explica o instituto do Porto, acrescentando que ao longo da utilização da 'app' o utilizador recebe notificações que estimulam a adoção de comportamentos mais sustentáveis.
A aplicação, disponível em seis países (Portugal, Alemanha, Espanha, Holanda, Suíça e Dinamarca), foi desenvolvida no âmbito do projeto FEEDBACK, que tem como objetivo desenvolver e testar novas tecnologias ligadas à área da energia e aplicá-las com o intuito de promover a eficiência energética através da mudança de comportamentos.
Liderado pelo instituto do Porto, o projeto, que conta com a participação de oito instituições de sete países, termina em abril de 2021.