Fundador do Twitter e Jay Z querem tornar bitcoin "a divisa da internet"
Jack Dorsey, fundador da rede social Twitter juntou-se ao músico norte-americano Jay Z para apoiar o desenvolvimento da criptomoeda bitcoin como "divisa da internet".
© Shutterstock
Tech Twitter
Através da sua rede social, Dorsey anunciou hoje que irá doar, juntamente com Jay Z, 500 bitcoins, o equivalente a 24 milhões de dólares (19,8 milhões de euros), a um fundo denominado Btrust, que irá financiar o desenvolvimento da bitcoin, inicialmente focado na África e Índia.
A moeda virtual criada por anónimos e gerida por uma rede descentralizada é particularmente volátil e o seu preço nem sempre é determinado facilmente.
Essa volatilidade e o anonimato que proporciona aos utilizadores não são bem vistos pelas autoridades, que exigem uma regulação mais rígida.
Janet Yellen, a nova secretária do Tesouro dos Estados Unidos, afirmou, numa audição recente no Senado norte-americano, que as criptomoedas são "usadas principalmente" para o financiamento de atividades ilícitas e que representam uma "preocupação especial".
O governo norte-americano, acrescentou Yellen, deve analisar formas de limitar o seu uso e de assegurar que não se tornam um meio para branquear capitais.
Jack Dorsey, que tem defendido que a bitcoin mantenha o atual modelo de gestão descentralizada, é também proprietário de uma sociedade de serviços de pagamentos, Square, que já havia investido cerca de 50 milhões de dólares (41,25 milhões de euros) em bitcoin.
O fundo Btrust "não receberá quaisquer instruções da nossa parte", segundo anunciou hoje o empresário norte-americano.
Dorsey abriu também o processo de candidatura às três primeiras posições de membros do conselho de gestão do Btrust.
O valor de bitcoins tem subido de forma incessante nos últimos anos, e na quinta-feira atingiu 48 mil dólares de acordo com dados do CoinDesk.
Quando a criptomoeda foi lançada em 2009, o seu valor era zero, pelo que alguns analistas consideram-no o ativo com melhor desempenho da última década, embora volátil.
A valorização tem vindo a despertar o interesse de fundos de investimento, como a BlackRock, que no final de janeiro acrescentou a bitcoin à lista de produtos financeiros elegíveis para as suas aplicações financeiras.
Também a Paypal, uma das principais empresas de pagamentos pela internet, lançou um serviço de compra, venda e pagamentos em bitcoin.
Na quinta-feira, as autoridades canadianas autorizaram o lançamento do primeiro fundo do mundo em bitcoins, negociado em bolsa.
Ainda esta semana, a Tesla anunciou que investiu 1,5 mil milhões de dólares (1,24 mil milhões de euros) em bitcoins e vai começar a aceitar a moeda digital como meio de pagamento na compra dos seus veículos.
O anúncio foi feito num documento dirigido ao regulador da bolsa norte-americana (SEC) e assinala a confiança na criptomoeda que os reguladores de todo o mundo ainda consideram ser um ativo financeiro bastante utilizado em transações ilegais, como branqueamento de capitais.
Após a decisão ter sido anunciada, o valor da criptomoeda voltou a disparar.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com