Alguns youtubers portugueses estão a ser alvo de uma petição pública dirigida à Polícia Judiciária e ao Supremo Tribunal de Justiça. A petição acusa alguns criadores de conteúdo de serem “burlões” e de recorrerem a “esquemas ou pseudo-negócios” para enriquecerem rapidamente à custa de “jovens menores de idade”, apontado como o seu público-alvo.
Esta prática tem sido denunciada por outras personalidades do YouTube, nomeadamente RedLive13 e MedHug. O primeiro vai mais longe e, num recente vídeo, aponta mesmo o dedo a Windoh (Diogo Figueiras) por vender cursos de investimentos em ações em criptomoedas.
Entretanto, Windoh partilhou um vídeo no respetivo canal onde fala sobre esta polémica. O youtuber diz que está a "levar com rancor de muita gente que já sofreu com este tipo de burlas", rejeitando que "não existe qualquer tipo de burla". O youtuber admite que o valor do curso do investimento - de 400 euros - foi "pouco pensado" mas indica que "não foi intenção enganar quem quer que seja".
“Estes burlões usam os mercados financeiros como ilusão para o enriquecimento rápido para enganar as pessoas burladas como por exemplo Forex, ações e Criptomoedas além de promoverem grupos especiais com pagamentos mensais para terem acesso a sinais”, pode ler-se na petição.
"Alguns também com a promoção de grupos especiais com pagamentos mensais que prometem ganhos em apostas mas relacionado às apostas desportivas muitas vezes promovendo casas de apostas sem licenças para operar em Portugal", diz ainda a petição, assinada por mais de 8 mil pessoas à data de publicação desta peça.
Além de Windoh, também são apontados outros youtubers como é o caso de João Barbosa (Numeiro) e David Soares (David GYT). De notar que estes mesmos youtubers têm sido alvo de críticas em algumas redes sociais, como é o caso do Twitter onde chegaram aos tópicos mais comentados.