Na semana passada, a professora Anne-Marie Brady, da Universidade de Canterbury, divulgou mensagens no Twitter a ridicularizar as comemorações do 100º aniversário do Partido.
A professora disse que duas das mensagens foram temporariamente marcadas como "indisponíveis" pelo Twitter e a sua conta foi temporariamente suspensa no fim de semana, tendo sido restabelecida apenas na segunda-feira.
O Twitter não esclareceu o que motivou as suas ações, mas referiu, em comunicado, que, quando deteta atividades incomuns numa conta, pode adicionar avisos temporários até obter a confirmação do proprietário da conta.
Segundo o colunista do jornal britânico The Times Edward Lucas, a suspensão deverá ter resultado de uma campanha de reclamações por agentes do Partido Comunista, que terá acionado uma resposta automática do Twitter enquanto investigava a causa das reclamações.
"Vítimas menos proeminentes da censura chinesa teriam menores hipóteses de (ver a conta) restabelecida", afirmou.
"Para esclarecer, a afirmação de que o Twitter está em coordenação com qualquer Governo para suprimir o discurso não tem base em nenhum facto", disse a empresa.
"Defendemos uma internet livre, global e aberta e continuamos a ser defensores ferrenhos da liberdade de expressão", acrescentou.
As mensagens de Brady ridicularizaram a falta de validação internacional do centenário.
O Presidente russo, Vladimir Putin, foi um dos poucos líderes que enviaram os parabéns à China.
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