Receitas da Huawei caem 38% devido às sanções norte-americanas
A Huawei registou uma queda de 38% nas receitas para 168,2 mil milhões de yuans (22 mil milhões de euros), no segundo trimestre, segundo resultados divulgados hoje pelo grupo chinês de telecomunicações, quando enfrenta sanções dos Estados Unidos.
© Lusa
Tech Huawei
O grupo, que tem sede em Shenzhen, no sul da China, está no centro de uma intensa rivalidade entre Pequim e Washington pelo domínio das tecnologias do futuro.
A Huawei foi colocada numa "lista negra" de entidades do Departamento do Comércio dos Estados Unidos pela Administração do antigo Presidente Donald Trump, impedindo o grupo de adquirir tecnologia norte-americana necessária para telemóveis e infraestruturas de telecomunicações.
O grupo chinês perdeu assim acesso ao sistema operativo Android, da norte-americana Google, ou 'chips' processadores.
Joe Biden não mudou a política dos EUA em relação à Huawei.
O grupo chinês anunciou uma faturação de 320,4 mil milhões de yuans (42 mil milhões de euros) no primeiro semestre, uma queda de 29%, em termos homólogos.
A margem de lucro chegou a 9,8%, segundo um comunicado da empresa.
A faturação para o segundo trimestre foi de 168,2 mil milhões de yuans (22 mil milhões de euros), uma queda de 38%, em termos homólogos.
A nível de produtos de consumo, que inclui telemóveis, as vendas caíram 47%, para 135,7 mil milhões de yuans.
"O nosso objetivo é sobreviver", disse um dos presidentes rotativos do grupo, Eric Xu, em comunicado.
"Passamos por um período difícil e todos os nossos funcionários continuaram a trabalhar com muita força e determinação", apontou.
No início de 2020, a Huawei tornou-se a maior fabricante de 'smartphones' do mundo, mas após as sanções impostas por Washington, o grupo deixou de fazer parte do 'top' 5 mundial no setor, inclusive na China, onde há muito tempo dominava o mercado, de acordo com a consultora Canalys.
Líder mundial no fornecimento de equipamentos para infraestruturas de quinta geração (5G), a Huawei também viu o seu desenvolvimento nesta área prejudicado pela pressão exercida pelos Estados Unidos junto dos países aliados para excluírem o grupo das suas infraestruturas.
No primeiro semestre, as vendas neste setor caíram 14,2%, em termos homólogos, para 136,9 mil milhões de yuans.
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