O grupo, que tem sede em Shenzhen, no sul da China, está no centro de uma intensa rivalidade entre Pequim e Washington pelo domínio das tecnologias do futuro.
A Huawei foi colocada numa "lista negra" de entidades do Departamento do Comércio dos Estados Unidos pela Administração do antigo Presidente Donald Trump, impedindo o grupo de adquirir tecnologia norte-americana necessária para telemóveis e infraestruturas de telecomunicações.
O grupo chinês perdeu assim acesso ao sistema operativo Android, da norte-americana Google, ou 'chips' processadores.
Joe Biden não mudou a política dos EUA em relação à Huawei.
O grupo chinês anunciou uma faturação de 320,4 mil milhões de yuans (42 mil milhões de euros) no primeiro semestre, uma queda de 29%, em termos homólogos.
A margem de lucro chegou a 9,8%, segundo um comunicado da empresa.
A faturação para o segundo trimestre foi de 168,2 mil milhões de yuans (22 mil milhões de euros), uma queda de 38%, em termos homólogos.
A nível de produtos de consumo, que inclui telemóveis, as vendas caíram 47%, para 135,7 mil milhões de yuans.
"O nosso objetivo é sobreviver", disse um dos presidentes rotativos do grupo, Eric Xu, em comunicado.
"Passamos por um período difícil e todos os nossos funcionários continuaram a trabalhar com muita força e determinação", apontou.
No início de 2020, a Huawei tornou-se a maior fabricante de 'smartphones' do mundo, mas após as sanções impostas por Washington, o grupo deixou de fazer parte do 'top' 5 mundial no setor, inclusive na China, onde há muito tempo dominava o mercado, de acordo com a consultora Canalys.
Líder mundial no fornecimento de equipamentos para infraestruturas de quinta geração (5G), a Huawei também viu o seu desenvolvimento nesta área prejudicado pela pressão exercida pelos Estados Unidos junto dos países aliados para excluírem o grupo das suas infraestruturas.
No primeiro semestre, as vendas neste setor caíram 14,2%, em termos homólogos, para 136,9 mil milhões de yuans.
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