A carta, datada de domingo, ocorre depois de várias reportagens terem revelado que a gigante do comércio eletrónico utiliza dados de vendedores de terceiros em benefício da sua linha de produtos e manipula os resultados de inquéritos, práticas às quais o grupo garante não recorrer.
"Na melhor das hipóteses, essas investigações confirmam que os funcionários da Amazon enganaram o comité. Na pior das hipóteses, revelam que os representantes [da Amazon] podem mentir no Congresso, potencialmente em violação da lei criminal federal", escreveram os democratas Jerrold Nadler, David Cicillin e Pramila Jayapal, bem como os republicanos Ken Buck e Matt Gaetz.
Os congressistas exigem que a Amazon faculte "evidências de defesa" para corroborar os anteriores depoimentos, dizendo que estão no direito de instigar o Departamento de Justiça para abertura de um inquérito.
Além de Jeff Bezos, que deixou o cargo de diretor-executivo em julho, a carta menciona o diretor jurídico da Amazon, David Zapolsky, o conselheiro-geral associado Nate Sutton e Brian Huseman, vice-presidente de políticas públicas.
Os quatro responsáveis testemunharam ou falaram no Congresso, entre 2019 e 2020, como parte de uma investigação do comité judicial sobre as práticas competitivas da Amazon, Facebook, Apple e Google.
"A Amazon e os seus dirigentes não enganaram o comité. Negamos e procuramos restaurar os factos dos artigos imprecisos em questão", reagiu um porta-voz da empresa numa nota enviada à agência de notícias AFP.
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