Conhecida como Glupteba, a rede de dispositivos infetados -- ou "botnet" -- que também era usada para minerar bitcoins, ficou inacessível para aqueles que a utilizavam.
"Os utilizadores da Glupteba vão tentar certamente recuperar o controlo sobre o 'botnet' através de mecanismos de proteção e controlo", indicaram Shane Huntley e Luca Nagy, do grupo de análise de ameaças do Google, em comunicado.
Os gigantes de tecnologia como a Google e a Microsoft têm investido muito na luta contra o crime cibernético.
De acordo com a Google, a rede maliciosa abrange cerca de um milhão de dispositivos, com sistema operativo Windows, em todo o mundo e tem sido usada em vários crimes, como o roubo de credenciais de utilizadores nos Estados Unidos, Índia, Brasil e Sudeste Asiático.
A empresa entrou com uma ação num tribunal federal de Nova Iorque com Dmitry Starovikov e Alexander Filippov, pedindo à justiça norte-americana que bloqueie os 'hackers' nas suas plataformas.
Especialistas em cibersegurança alertaram para a existência da Glupteba em 2011. A plataforma aparentava ser um 'software' livre para descarregar vídeos.
Mas, ao contrário dos "botnets" convencionais, que apenas sobrevivem em determinados sistemas, a Glupteba é programada para encontrar um servidor alternativo, se detetada, para continuar a funcionar, segundo a queixa da Google.
Devido à sua grande dimensão, a rede deverá ser usada para ataques de "ransomware".
Para manter o controlo sobre um número tão grande de dispositivos, os 'hackers' "usam anúncios no [motor de busca] Google sobre ofertas de emprego" que realizam atividades ilegais.
Os 'hackers' usaram também os serviços da Google para distribuir o 'malware' -- a gigante tecnológica removeu cerca de 63 milhões de documentos hospedados no Google Docs e encerrou mais de 1.100 perfis da Google criados para espalhar a Glupteba.
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