Especialistas em ciberataques acreditam que o ataque visava terminais petrolíferos, obrigando à interrupção de distribuição de materiais energéticos em vários portos europeus relevantes.
A Agência da União Europeia para a Cooperação Policial (Europol) já anunciou que ofereceu o seu apoio às autoridades nacionais para analisar o ataque informático, depois de os respetivos departamentos de Justiça terem anunciado o início de investigações policiais.
De acordo com o jornal diário belga De Morgen, pelo menos seis terminais petrolíferos foram alvo de ataques informáticos nos Países Baixos e na Bélgica, nas últimas 24 horas.
De acordo com as fontes citadas pelo jornal, o ciberataque afetou instalações dos operadores petrolíferos Evos (com sede em Terneuzen, nos Países Baixos), Oiltanking e Sea-Tank, filial do grupo Sea-invest com sede em Ghent (Bélgica).
Na Bélgica, os portos de Ghent e Antuérpia sofreram interrupções nas suas atividades.
A corretora de navios Riverlake, com sede em Roterdão (o principal porto de carga da Europa à frente de Antuérpia e Hamburgo) informou que o ataque informático impediu o descarregamento de vários petroleiros.
"Houve um ataque cibernético em vários terminais, alguns dos quais viram os seus serviços interrompidos. O 'software' foi pirateado e não podem descarregar os navios. Basicamente, o seu sistema operacional está inativo", disse um responsável da empresa holandesa.
Na Bélgica, o Ministério Público de Antuérpia atribuiu a investigação a um departamento da Polícia Federal especializada em crimes cibernéticos e na Alemanha o departamento de Justiça está a considerar este caso como um ataque de ciberterrorismo.
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