Os laboratórios Germano Sousa estão, esta quinta-feira, a ser alvo de um ataque informático que está a afetar a comunicação entre o laboratório central de Lisboa e os outros centros de análises, indicou à CNN Portugal José Germano Sousa, proprietário destes laboratórios.
"Tenho toda a equipa de informáticos a investigar, felizmente não entraram nas nossas bases onde estão os nossos registos de doentes que recorrem a nós todos os dias", explica.
Segundo o proprietário destes laboratórios, o problema deverá estar resolvido até ao final do dia. Quanto ao intuito deste ataque, Germano de Sousa diz que não sabe qual a causa, que "foi gratuito", detalha.
"Eu creio que foi mais do que um ataque informático", adiantou o administrador e fundador do grupo Germano de Sousa de Sousa à agência Lusa, explicando que foi um vírus que entrou no sistema informático, mas que já está tudo "praticamente resolvido".
"Eles lançam centenas de vírus deste tipo e um entrou no nosso sistema. Felizmente temos tudo em duplicado e neste momento estamos a repor e a limpar tudo, estando a trabalhar normalmente", adiantou o médico patologista.
"Este país está à beira de um ataque de nervos [com estes ciberataques]", afirma Germano de Sousa.
O ataque informático levou a que os laboratórios cortassem a comunicação à CUF para proteger e evitar a propagação deste ciberataque.
Segundo Germano de Sousa, as ligações informáticas com os hospitais da CUF, que são parceiros laboratoriais, foram suspensas por "uma questão de segurança".
De referir que, nas últimas semanas, o país tem sido alvo de vários ciberataques em vários meios. Desde meios de comunicação social, como o grupo Impresa, Cofina e uma tentativa de ciberataque no grupo Trust in News (que detém a Visão), a empresas de comunicação como a Vodafone (um ataque que começou na segunda-feira, mas que ainda não está totalmente resolvido) e ainda ao site do Parlamento.
[Notícia atualizada às 10h43]
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