A Apple começou a testar em abril um modelo híbrido que faz com que os respetivos trabalhadores tenham de ir aos escritórios da empresa pelo menos uma vez por semana, podendo realizar as respetivas funções a partir das suas casas nos restantes dias.
No entanto, estes trabalhadores terão de se deslocar aos escritórios da Apple no mínimo três dias de semana a partir do dia 23 de maio - algo que não está a ser visto com bons olhos por alguns trabalhadores da empresa que decidiram criar um movimento para pedir uma maior flexibilidade à empresa.
Este movimento - de nome Apple Together - partilhou no respetivo site uma carta direcionada à direção da Apple onde afirmam que o trabalho remoto (obrigatório durante os anos de pandemia de Covid-19) deve continuar a ser opção.
“Dizemos a todos os nossos clientes quão bons são os nossos produtos para trabalho remoto mas, ainda assim, nós não os podemos usar em teletrabalho? Como podemos esperar que os nossos clientes levem isso a sério? Como podemos compreender os problemas do teletrabalho que têm de ser solucionados nos nossos produtos se não vivemos com eles?”, pode ler-se na carta do movimento Apple Together.
Os trabalhos notam ainda que as deslocações para os escritórios da Apple são “um grande desperdício de tempo, assim como recursos físicos e mentais”. Recordar que há cada vez mais empresas a adotar o teletrabalho como uma medida permanente, nomeadamente a Airbnb ou a Crytek.
“Como disse o Steve [Jobs]: ‘Não faz sentido contratar pessoas inteligentes e dizer-lhes o que devem fazer. Contratamos pessoas inteligentes para que eles nos possam dizer o que devemos fazer”. Aqui estamos nós, as pessoas inteligentes que vocês contrataram a dizer-vos o que devem fazer: Por favor saiam do caminho, não há soluções para todos, deixem-nos decidir como trabalhamos melhor e deixem-nos fazer o melhor trabalho das nossas vidas”, pode ler-se na carta.
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