O Canadá era até agora o único membro da aliança de inteligência "Five Eyes" a não barrar ou restringir o uso de equipamentos da Huawei nas redes 5G.
Estados Unidos, Reino Unido, Austrália e Nova Zelândia já tinham avançado com esta restrição.
A medida foi confirmada esta quinta-feira pelo porta-voz do ministro de Segurança Interna, Marco Mendicino.
O governo norte-americano tem vindo a pressionar aliados como o Canadá para excluir a Huawei das novas redes móveis 5G, devido a preocupações de que os governantes chineses possam obrigar a empresa a realizar ciberespionagem.
Os Estados Unidos alertaram mesmo que reconsiderariam a partilha de inteligência com qualquer país que utilizasse equipamentos da Huawei.
A gigante tecnológica chinesa tem negado repetidamente estas acusações.
O desenvolvimento de redes de quinta geração permitirá aos utilizadores conexões 'online' mais rápidas e fornecerá uma vasta capacidade de dados para atender à elevada procura e ao aumento de atividades ligadas à Internet ou inovações como realidade virtual, jogos imersivos ou veículos autónomos.
A Huawei é a maior fornecedora global de equipamentos de rede para empresas de telecomunicações e tem sido um dos símbolos do progresso da China para se tornar uma potência mundial tecnológica.
No entanto, tornou-se também um assunto de segurança para os EUA devido a preocupações com aplicação da lei.
Alguns analistas dizem que as empresas chinesas desrespeitaram as regras e normas internacionais e roubaram tecnologia.
China, EUA e Canadá concluíram o que foi efetivamente uma troca de prisioneiros de alto risco no ano passado, envolvendo um alto executivo da Huawei que tinha sido acusado de fraude pelos EUA.
Pequim deteve dois canadianos logo após o Canadá prender Meng Wanzhou, diretora financeira da Huawei Technologies e filha do fundador da empresa.
Os detidos foram enviados de volta para o Canadá em setembro, alguns dias depois de Meng ter regressado à China, após um acordo com as autoridades norte-americanas.
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